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      ‘Guerra às drogas é sistema de opressão contra negros’, diz diretora da Human Rights Watch

      De acordo com a diretora da Humans Right Watch, usar a polícia para lidar com a questão das drogas não é o modo mais acertado de lidar com o problema, referindo-se ao caso da Cracolândia, em São Paulo; Segundo Jasmine Tyler, o sistema de saúde precisa ter mecanismos para lidar com essas pessoas marginalizadas; para Jasmine, "a guerra contra as drogas é uma continuidade da escravidão, um sistema de opressão contra os negros", diz ela em entrevista ao jornal O Globo

      De acordo com a diretora da Humans Right Watch, usar a polícia para lidar com a questão das drogas não é o modo mais acertado de lidar com o problema, referindo-se ao caso da Cracolândia, em São Paulo; Segundo Jasmine Tyler, o sistema de saúde precisa ter mecanismos para lidar com essas pessoas marginalizadas; para Jasmine, "a guerra contra as drogas é uma continuidade da escravidão, um sistema de opressão contra os negros", diz ela em entrevista ao jornal O Globo (Foto: Aquiles Lins)
      Aquiles Lins avatar
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      247 - A guerra contra as drogas, com aumento de operações policiais, endurecimento de leis contra usuários e excesso de prisões, só reforça a opressão aos negros, na opinião da socióloga Jasmine Tyler, de 42 anos, diretora da Human Rights Watch nos Estados Unidos, em entrevista ao jornal O Globo. “A libertação dos escravos não foi terminada por causa da guerra às drogas, se tornando um sistema de opressão e submissão contra os negros”, diz a especialista.

      Jasmine está em São Paulo para participar da conferência “Fronteiras Raciais do Genocídio”. Quando criança, Jasmine visitava o pai na cadeia, onde “só via negros”. Graduada na Universidade James Madison e com mestrado pela Universidade Brown, Jasmine fará uma visita à Cracolândia do centro de São Paulo na terça-feira.

      De acordo com a diretora da HRW, usar a polícia para lidar com a questão das drogas não é o modo mais acertado de lidar com o problema, referindo-se ao caso da Cracolândia, em São Paulo. Segundo Jasmine, o sistema de saúde precisa ter mecanismos para lidar com essas pessoas marginalizadas. Ela cita as estatísticas de mortes cometidas por policiais, majoritariamente contra negros, como mais uma prova do genocídio contra negros. "As pessoas irão concluir que parte significativa da população está sendo tratada de maneira diferente, com os seus direitos sendo violados"

      "Eu concordo totalmente com a análise de que a libertação dos escravos não foi terminada por causa da guerra às drogas, se tornando um sistema de opressão e submissão dos negros. As pessoas condenadas são quase unicamente negras. No início do século 19, havia um sistema de “aluguel de condenados”, em que os encarcerados trabalhavam nas fábricas e fazendas dos Estados Unidos, mas os únicos condenados eram os negros", explica Jasmine. 

      Confira a íntegra da entrevista no jornal O Globo.

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