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Havan é condenada a pagar R$ 30 mil para funcionária coagida a votar em Bolsonaro

"Luciano Hang dirigiu-se diretamente a seus funcionários, com vistas à induzi-los a votar em seu candidato”, diz juíza do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região

Luciano Hang (Foto: Eduardo Matysiak)

247 - O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região condenou a Havan, do empresário bolsonarista Luciano Hang, a pagar uma indenização de R$ 30 mil por assédio moral contra uma funcionária, pois o dono da empresa induziu os empregados da rede a votarem em Jair Bolsonaro, conforme mostra vídeo publicado no ano de 2018.

"Luciano Hang dirigiu-se diretamente a seus funcionários, com vistas à induzi-los a votar em seu candidato, eis que, do contrário, suas lojas seriam fechadas e todos perderiam seus empregos, conduta essa ilegal e inadmissível, à medida que afronta a liberdade de voto e assedia moralmente seus funcionários com ameaças de demissão", escreveu a juíza Ivani Contini Bramante.

Uma auxiliar de vendas processou a empresa e relatou ter sofrido perseguição por parte de um superior. Ele denunciou que o superior fazia comentários e provocações e chegou a agredi-la com arranhões. Segundo ela, o registro de um boletim de ocorrência causou sua demissão.

"O modo de agir da empresa, conforme descrito pelas testemunhas e pela mídia juntada, implica em prática de ato ilícito pela ré, que atingiu a honra da reclamante; a ofensa causou dano moral que deve ser objeto de reparação", concluiu a juíza.

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