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Holiday, do MBL, se diz arrependido de defender o Escola Sem Partido

Às vésperas do ano eleitoral, o vereador Fernando Holiday (DEM-SP), que também integra o movimento de direita MBL, diz que "amadureceu" e agora critica pontos do projeto dizendo que atrapalha os professores

Holiday, do MBL, se diz arrependido de defender o Escola Sem Partido (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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247 - Um dos mais ferozes defensores do projeto "Escola sem Partido", o vereador Fernando Holiday (DEM-SP), que também integra o movimento de direita MBL, diz que "amadureceu" e agora critica pontos do projeto dizendo que atrapalha os professores.

Talvez o fato de cursar licenciatura em história na Universidade Mackenzie tenha sido um dos motivos que possa explicar a mudança de opinião de Holiday. Agora, o vereador que quer ser professor faz uma autocrítica do movimento que insuflou.

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Em entrevista à Folha de S. Paulo, o vereador do MBL diz que o projeto ficou estigmatizado como um projeto que vê o professor como inimigo.

"A forma como eu defendia o projeto estava absolutamente errada, que é transformar o professor em um dos maiores problemas da nossa educação. A ideia era proteger o aluno prejudicado nas notas, exposto por causa de sua religião ou posicionamento político", admitiu Holiday.

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Segundo ele, a proposta de filmar as aulas e denunciar os professores, numa clara censura, foi apenas um erro. "Uma parte da direita realmente deu início à perseguição. A principal diferença no projeto está entre quem vê a maioria dos professores como doutrinadores e quem vê uma minoria como doutrinadores. A maior parte dos professores dá sua aula sem colocar sua opinião. Vi isso na minha vida escolar. Essa parte que enxerga a maioria dos professores como doutrinadores vê como problema grave, a ponto de querer o direito de filmar as aulas. É um grande equívoco", diz ele, que chegou a invadir escolas em São Paulo para perseguir professores.

Na entrevista, Holiday relata que alunos do curso o questionaram sobre o projeto e o que ele queria com o Escola sem Partido. "Se sentiam acuados. Expliquei o sentido original, de um cartaz em sala para que alunos e as famílias tivessem consciência de seus direitos. Ficaram espantados. Isso fez eu me reposicionar, não quanto ao projeto, mas na forma de defendê-lo", minimizou.

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Holiday, que se diz fã do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, se diz de direita, mas não gosta de ser comprador com os apoiadores de Jair Bolsonaro.

Ao ser questionando sobre quem é essa direita que vê a maioria dos professores como doutrinadores, o coordenador do MBL disse que o maior exemplo é a deputada Bia Kicis [PSL-DF]. "Vi o próprio Miguel Nagib [idealizador do Escola sem Partido] dizendo que a maioria dos professores faz isso. E essa direita ligada ao bolsonarismo", justificou.

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