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Impacto da pandemia no setor de turismo será 'devastador', diz professora

Com as medidas de distanciamento social impostas pela pandemia de COVID-19, o setor de turismo será duramente afetado e os prognósticos são preocupantes

(Foto: Agência Brasil)
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Sputnik - Apenas no Rio de Janeiro, são mais de 80 hotéis fechados, afirma à Sputnik Brasil o presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira no Rio de Janeiro (ABIH-RJ). Segundo Alfredo Lopes, o setor busca não demitir e deu férias coletivas e folgas por banco de horas para seus trabalhadores.

"A perdurar essa pandemia e com a total falta de hóspedes, poderá haver uma demissão de até 20% desse montante [de trabalhadores]", afirma Lopes.

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Para tentar atenuar os impactos da crise, o presidente da ABIH-RJ defende que a Embratur foque no incentivo ao turismo nacional. Lopes acredita que os hotéis poderão começar a retomar suas atividades no final de abril e começo e maio. 

O presidente Jair Bolsonaro editou medida provisória para buscar atenuar os efeitos da crise de saúde pública no turismo. As regras, que já estão em vigor, mas precisarão de sanção do Congresso, estabelecem que as empresas de turismo, entre outras categorias, não precisam reembolsar imediatamente clientes que tiveram reservas canceladas. A MP 948 estabelece que as companhias podem não pagar imediatamente os clientes desde que ofereçam novas datas de reserva ou outros eventos como opção para o dinheiro já gasto. Caso não haja consenso entre cliente e prestador de serviço, a devolução do dinheiro é obrigatória. 

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A professora de turismo da Universidade de São Paulo (USP) Mariana Aldrigui afirma que companhias com caixa e recursos anteciparam atividades como reformas e ajustes. Além disso, ela também ressalta que há empresas do setor que se adaptaram para fazer parte no esforço de combate à pandemia ao hospedar profissionais da saúde, entre outras atividades. Ainda assim, os efeitos serão severos.

"As consequências da pandemia no setor de turismo serão muito devastadoras, especialmente para os pequenos empresários", diz a professora da USP. 

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Aldrigui acredita que uma "previsão realista" é esperar a retomada no setor no segundo semestre e que, apesar da gravidade da situação, há "desejo" por reencontros com parentes e amigos uma vez que a pandemia estiver arrefecida — e isso movimentará o turismo.Em São Paulo, a previsão é de que o número de casos ultrapasse os 14 mil dentro de dez dias (podendo ficar abaixo dos 13 mil ou ultrapassar os 15 mil, dependendo do cenário).

No Rio de Janeiro, o número de casos deve ultrapassar os 5 mil (podendo variar entre 6 mil e pouco menos de 5 mil). Os dois estados concentram a grande maioria dos casos registrados no Brasil.

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Para projetar o avanço da epidemia no Brasil e os diferentes cenários, o grupo usa como base os números de países com uma evolução similar da epidemia.

Na análise dos especialistas, as medidas de isolamento social podem estar contribuindo para a evolução mais lenta da epidemia até agora, embora, destaquem, a subnotificação seja muito alta.

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