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Brasil

Investigação da PF revela tráfico de meninos indígenas da Amazônia para a Turquia

Segundo reportagem do Fantástico, da TV Globo, a Associação Solidária Humanitária do Amazonas é suspeita de converter indígenas ao Islã e transportá-los para a Turquia

Aeroporto Internacional de Guarulhos (Foto: REUTERS/Carla Carniel)
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247 - A Polícia Federal está apurando um esquema de tráfico humano e doutrinação religiosa envolvendo meninos indígenas da região amazônica que são levados para a Turquia. Segundo reportagem exibida no programa Fantástico, da TV Globo, no domingo (23), a Associação Solidária Humanitária do Amazonas é suspeita de converter indígenas ao Islã e transportá-los para a Turquia.

No início deste mês, cinco indígenas que faziam parte desse programa foram deportados da Turquia após passarem três semanas detidos em Istambul, relata o Estado de S. Paulo. A Polícia Federal está investigando as atividades que esses jovens realizavam no país estrangeiro.

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O superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Umberto Ramos, enfatizou a vulnerabilidade dos indígenas envolvidos no esquema: "se tratam de indígenas em situação de absoluta vulnerabilidade e que se tornam, portanto, presas fáceis para essas organizações criminosas. A apresentação era feita como uma proposta de estudo na Turquia, a fim de que aqueles indígenas tivessem a possibilidade de se tornarem médicos, advogados, teólogos, engenheiros, quando, na verdade, o processo era de servidão, de imposição religiosa, de doutrinação”.

Pelo menos oito pessoas, entre turcos e brasileiros, são suspeitas de envolvimento no esquema. O turco Abdulhakim Tokdemir, apontado como líder da Associação Solidária Humanitária do Amazonas, teve seu passaporte, computador e celular apreendidos, e os sigilos fiscal e bancário foram quebrados.

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A delegada da PF no Amazonas, Letícia Prado, destacou que o tráfico nem sempre se dá de forma explícita: "às vezes as pessoas pensam muito naquele tráfico puro, onde a pessoa está acorrentada a uma cama, onde a pessoa está sofrendo agressões. Não necessariamente ele acontece dessa forma. Às vezes, ele é um convite para que a pessoa vá para um outro país, a pessoa vai de forma voluntária. Só que, quando ela chega lá, não foi dito exatamente o que ela ia fazer lá ou quais eram as condições a que ia ser submetida".

A reportagem do Fantástico relatou casos envolvendo indígenas da comunidade Taracuá, localizada a cinco horas de barco de Manaus. Uma indígena contou que seu filho deixou o Brasil aos 15 anos e já está há dois anos na Turquia, tendo viajado em um grupo com cerca de 15 pessoas.

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Até o momento, a associação em questão não pôde ser contatada pelo Fantástico. Ao ser interrogado pela PF, Abdulhakim afirmou que não tem intenção de converter indígenas, mas se alguém quiser aprender sobre o Islã, ele se sente na obrigação de ensinar.

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