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Janot deve pedir fim da imunidade e prisão de Joesley

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, está inclinado a pedir a revogação da imunidade penal concedida ao empresário Joesley Batista e aos executivos da J&F Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva ao final do procedimento de revisão da colaboração premiada aberto contra eles na segunda-feira; a tendência é que ele também peça a prisão do empresário

São Paulo - Saída do empresário Joesley Batista, dono da JBS, da sede Superintendência da Polícia Federal após prestar depoimento (Rovena Rosa/Agência Brasil) (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, está inclinado a pedir a revogação da imunidade penal concedida ao empresário Joesley Batista e aos executivos da J&F Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva ao final do procedimento de revisão da colaboração premiada aberto contra eles na segunda-feira, afirmaram à Reuters duas fontes com conhecimento do caso.

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A tendência, segundo as fontes, é que Janot peça ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decrete o fim da blindagem para que os executivos respondam a investigações criminais na Justiça, uma das cláusulas mais polêmicas previstas no acordo homologado em maio.

Se o pedido for aceito pelo STF, abre-se caminho para que Joesley Batista e os outros dois executivos do grupo possam ser alvo de inquéritos e processos criminais a partir de crimes que eles confessaram, afirmou uma das fontes.

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Contudo, conforme os termos da delação premiada, as informações dadas por eles não podem ser anuladas --elas motivaram a abertura de várias investigações contra autoridades e, até o momento, serviram de base de uma denúncia criminal contra o presidente Michel Temer. Janot ainda pretende denunciar Temer novamente ao Supremo usando informações da delação da J&F.

Segundo as fontes, os principais motivos para a provável revisão dos benefícios da colaboração de três dos sete executivos do grupo devem decorrer da omissão deliberada desses integrantes da J&F e da conduta dupla do então procurador da República Marcelo Miller que, mesmo antes de pedir exoneração do cargo no MPF, teria atuado como defensor dos interesses da empresa na instituição.

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Essas duas situações foram reveladas no áudio de quatro horas de conversa entre Joesley e Saud, que faz parte do material entregue pelo grupo à equipe de Janot como complemento das informações da colaboração premiada de executivos do grupo na quinta-feira passada, prazo original limite para a entrega dessa documentação.

Janot pretende entregar as conclusões da investigação e o provável pedido de revisão da pena ao STF ainda sob a sua gestão à frente do Ministério Público Federal. O último dia do mandato dele encerra-se no dia 17 de setembro, ou seja, daqui a 11 dias.

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Na sexta-feira, está prevista a tomada de depoimento dos três executivos da J&F à subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio, designada para colher o depoimento deles. Marcelo Miller também foi chamado a prestar esclarecimentos do caso.

LENIÊNCIA

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Uma eventual rescisão na delação premiada desses executivos da J&F poderá ter repercussão no acordo de leniência fechado pelo grupo. Isso porque há uma cláusula nesse último acordo que o vincula ao de colaboração premiada. Os dois acordos foram assinados por equipes distintas no MPF. 

Pelos termos do acordo de leniência, homologada recentemente pela Câmara de Combate à Corrupção do MPF, ele poderá ser “integralmente rescindido caso o acordo de colaboração premiada firmado por executivos e dirigentes da empresa e homologado pelo Supremo Tribunal Federal seja anulado pelo mencionado tribunal”.

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No momento, no entanto, o que Janot deve propor a Fachin é o fim dos benefícios dados a Joesley, Saud e Assis previstos no acordo e não a anulação do mesmo.

Já a defesa de Temer avalia pedir a anulação do acordo de delação da J&F.

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