Jean Wyllys #chamaobolsonaropropau

247 – O deputado carioca Jair Bolsonaro (PP-RJ) conseguiu o que parecia improvável. Tomou o lugar de Jacqueline Roriz, envolvida no mensalão do Distrito Federal, como alvo mais provável de cassação. O motivo: uma entrevista a um programa de tevê, o CQC, da Rede Bandeirantes, em que atacou homossexuais e negros. No fim da tarde da quarta-feira, a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio de Janeiro, protocolou uma representação contra o deputado, pode levar a sua cassação por quebra de decoro parlamentar. “O deputado deixou explícita a sua hostilidade a esses setores da sociedade”, disse o advogado Wadih Damous, referindo-se a negros e homossexuais.

Bolsonaro é também alvo de uma iniciativa promovida pelo deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ). Ele lançou uma petição pública de repúdio ao parlamentar, que já recolheu mais de 10 mil assinaturas na internet. Outra petição pública, organizada por internautas, circula pela rede, também com milhares de assinaturas e pede a sua cassação. Para assinar, acesse o link abaixo:

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N8333

Bolsonaro trata o homossexualismo como uma doença, que pode ser resolvida com um “coro”, com “palmadas”. Na petição, os que se mobilizam por sua cassação citam definições da Organização Mundial de Saúde, que repudiam a classificação da orientação sexual como distúrbio, e a própria Constituição Brasileira, bem como o código civil, que coíbem qualquer tipo de discriminação.

Indecoroso, Bolsonaro não se conteve nem no velório de José Alencar, quando disse estar “se lixando” para o movimento gay. Defensores do deputado, que é ligado aos militares e defensor do golpe militar de 1964, espalham no Twitter que ele é vítima de uma suposta “gaystapo”, referindo-se ao serviço secreto nazista da Gestapo. O nome Bolsonaro é hoje um dos mais citados pelo Twitter no mundo.