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João Paulo Rodrigues, do MST: mortes no campo aumentaram após o golpe

João Paulo Rodrigues, um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), expõe a importância da agricultura familiar e o direito à terra; ele também declarou, em entrevista concedida à TV 247, que as mortes no campo aumentaram após o golpe de 2016; "Do governo Temer pra cá, foram assassinados no campo mais de 106 militantes dos movimentos populares que lutam pela reforma agrária, isso é um crime político que deve ser denunciado”, alerta

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247 - Na última terça-feira (4), João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), concedeu entrevista à TV 247, expondo a importância da agricultura familiar e o direito à terra. Ele também declarou que as mortes no campo aumentaram após o golpe de 2016. "Do governo Temer pra cá, foram assassinados no campo mais de 106 militantes dos movimentos populares que lutam pela reforma agrária, isso é um crime político que deve ser denunciado”, alerta. 

A entrevista do líder do MST à TV 247 foi concedida antes do assassinato de José Bernardo da Silva e Rodrigo Celestino, lideranças do movimento na Paraíba, na noite de sábado (8). Eles foram alvo de homens encapuzados que entraram atirando no acampamento Dom José Maria Pires, na cidade de Alhandra, na Região Metropolitana de João Pessoa.

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“O MST é um movimento que vai completar 35 anos, nós estamos presentes em 1.260 municípios de 24 estados e o forte do movimento é justamente os assentamentos consolidados. São 400 mil famílias assentadas, isto dá mais ou menos 2 milhões de pessoas”, afirma.

Além de explicar os aspectos jurídicos, Rodrigues foi bastante didático ao falar sobre a questão agrária brasileira, mostrando com dados e fatos como o agronegócio é extremamente dependente do Estado brasileiro, ou seja, dos impostos de cada cidadão e cidadã brasileira. “No último plano Safra [crédito do Banco do Brasil para a agricultura] o agronegócio recebeu R$ 230 bilhões, enquanto que a agricultura familiar ficou com R$ 32 bilhões”, diz João Paulo.

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Interrogado sobre como o MST encara as ameaças sofridas por pessoas ligadas a Bolsonaro, em relação aos assentamentos já consolidados, ele afirma que “quando Bolsonaro diz que vai atacar o MST, ele quer atacar a produção de alimentos saudáveis, atacar o que tem de melhor de produção orgânica, sem veneno”, aponta. 

Para Rodrigues, "Bolsonaro tem que fazer reforma agrária, não é com polícia”, e completa: “se essas famílias saem dos acampamentos, que são pobres e camponeses que não tem pra onde ir, aí vai aumentar os problemas sociais nas periferias das grandes cidades”.

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O líder do MST defende que "a cidade esteja unida ao campo para denunciar os problemas sociais causados pelo agronegócio". “Nós precisamos que a sociedade seja contra esse modelo que está aí, porque ele acaba com a natureza, ele envenena, ele escraviza as pessoas. Somente no período do governo Temer pra cá, foram assassinados no campo mais de 106 militantes dos movimentos populares que lutam pela reforma agrária, isso é um crime político que deve ser denunciado”.

Inscreva-se na TV 247 e confira a íntegra da entrevista: 

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