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João Roma na Educação será “mais uma tragédia do governo Bolsonaro”, afirma César Callegari

Callegari, que integrou o Conselho Nacional de Educação por 12 anos e foi secretário de Educação Básica do MEC, diz que “a utilização do MEC como moeda política para o apoio do DEM ao governo Bolsonaro é uma prática lamentável, mais uma tragédia entre outros desmandos”

César Callegari e João Roma (Foto: Centee.org / Divulgação)
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Por Paulo Henrique Arantes, para o 247 - A se confirmar o que foi antecipado pela imprensa, o pacote de conchavos que garantiu a vitória de Arthur Lira (PP-AL) na eleição para presidente da Câmara deve ter como desdobramento a nomeação do deputado João Roma (Republicanos-BA) como ministro da Educação, fruto de acerto com o presidente do DEM, ACM Neto. Será o coroamento de uma gestão que já esteve a cargo de reacionários do porte de Ricardo Vélez Rodríguez e Abraham Weintrab, e que atualmente está nas mãos do pastor Milton Ribeiro, profícuo no uso de aviões da Força Aérea.

“A utilização do MEC como moeda política para o apoio do DEM ao governo Bolsonaro é uma prática lamentável, mais uma tragédia entre outros desmandos do atual governo. Contudo, não me surpreende. A única diretriz educacional do atual governo é a destruição da educação pública brasileira”. 

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A afirmação, feita ao Brasil 247, é do sociólogo César Callegari, presidente do Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada. Callegari integrou o Conselho Nacional de Educação por 12 anos e foi secretário de Educação Básica do MEC durante a gestão Fernando Haddad. Com Haddad, foi também secretário municipal de Educação de São Paulo.

“A se confirmar o nome do deputado João Roma para o posto, será mais um episódio de ministro que não entende do assunto. Pobre Brasil”, lamenta o educador.

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Para Callegari, “o Brasil necessita de uma liderança com legitimidade para coordenar os esforços de enfrentamento dos efeitos da pandemia na educação. Há muito o que fazer para enfrentar essa crise agravada por dois anos de ‘terra arrasada’ que vem prejudicando os que mais dependem do ensino público”.

Não é de hoje que Callegari adverte sobre o desmonte da educação sob Bolsonaro. Em julho de 2019, ele disse a este repórter: “Bolsonaro nunca teve uma proposta para a educação brasileira. Ele nem sabe o que é isso. Seu único propósito é fazer do MEC uma plataforma da guerra ideológica e satisfazer o seu séquito de neofascistas. Mas, atrás desse pandemônio, há interesses poderosos, atualmente encastelados no Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE), que é onde está o dinheiro”. 

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João Roma foi relator da empacada reforma tributária. Numa entrevista ao seu próprio site, em agosto de 2020, condenou “negociatas” entre o governo e os partidos pela eleição do presidente da Câmara: “É preciso aprofundar o teor de cada palavra (do presidente da República). O que não se deve e não se pode é fazer negociatas. É uma agenda atrasada e negativa em qualquer momento do Brasil. Talvez, isso tenha levado o Brasil ao estado em que chegou com as operações de combate à corrupção. Tem que buscar interlocução e uma agenda clara para os interesses dos brasileiros”.

Roma precisa levar sua opinião sobre fisiologismo a ACM Neto.

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