Jornalista aponta farsa na anulação do decreto da Amazônia
"Atenção: Temer e Sarney Filho fazem jogo de cena. Não revogaram coisa nenhuma na Amazônia. O 'novo decreto' sobre extinção da Reserva Nacional de Cobre não muda rigorosamente nada em relação ao anterior. É marketing. Manipulação", escreve Alceu Castilho; diretor da WWF também avaliou que o novo decreto é inócuo
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Por Alceu Castilho, em seu Facebook
Atenção: Temer e Sarney Filho fazem jogo de cena. Não revogaram coisa nenhuma na Amazônia. O "novo decreto" sobre extinção da Reserva Nacional de Cobre não muda rigorosamente nada em relação ao anterior. É marketing. Manipulação.
E toda a imprensa - distraída que é - banca essa farsa de modo acrítico, sem ler os dois projetos. Ou ouvir as fontes necessárias.
Basicamente é o seguinte: o governo está dizendo que "agora" o decreto preserva as Terras Indígenas (TI) e Unidades de Conservação (UC). Ocorre que esse item... já existia no decreto anulado. Sim, já existia!
É que a questão não é essa. A história da Amazônia mostra que a criação de infraestrutura no entorno - rodovias, usinas, mineração - traz um efeito cascata. As UCs e TIs serão inapelavelmente impactadas - mais do que já são. E é disso que organizações como o WWF já estavam falando. Há meses.
O ministro do Meio Ambiente diz que o novo decreto traz um "vigor muito maior" na garantia das unidades de conservação. Vigor marqueteiro, podemos completar.
Mudança para a Gisele Bündchen ver. Para o Luciano Huck capitalizar. E para os fãs da Anitta poderem dançar com a ilusão de que venceram, ao som das motosserras que não terão deixado de agir.
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