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Brasil

Cardozo: Bolsonaro é incontrolável e não pode permanecer no cargo

Em declarações feitas antes da demissão e acusações de Sergio Moro, nesta sexta-feira 24, o advogado e ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo disse à TV 247 que “o Congresso Nacional deverá ter o juízo nesse momento de saber que não pode manter um presidente que conspira contra a democracia”. Assista

José Eduardo Cardoso e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)
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247 - O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo falou à TV 247 sobre a necessidade de tirar Jair Bolsonaro da presidência da República. As declarações foram feitas antes da demissão de Sergio Moro do Ministério da Justiça e das acusações do ex-juiz de que Bolsonaro interferiu no comando da Polícia Federal.

Para Cardozo, Bolsonaro é incontrolável e continuará cometendo insanidades, de forma que sua saída se torna indispensável para a manutenção da democracia no Brasil. Ele ainda comentou o “amesquinhamento” do Ministério da Justiça sob a atuação do ex-ministro Sergio Moro durante a atual conjuntura.

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O advogado afirmou não ser possível acreditar que é plausível controlar Bolsonaro no regime presidencialista brasileiro. “A pessoa que tem a caneta na mão é incontrolável, porque quando saem os fiscais da sala ele assina o papel, assim é com Jair Bolsonaro. Imaginar que você pode controlar no regime presidencialista o presidente é uma ilusão, só se ele for cordato, mas se ele for uma pessoa, mesmo com poucas luzes intelectuais, mas tiver iniciativa, ou seja, se ele tiver aquela situação em que eu digo que não pensa mas age, é um problema porque ele tem a caneta na mão, ele tem o poder na mão”.

Ele também afirmou que os apoiadores de Bolsonaro, incluindo setores da mídia, permitiram que o fascismo voltasse a assombrar o Brasil. “A mídia, ou setores da mídia, e setores que queriam nos tirar do poder a qualquer jeito, possibilitaram que o fantasma do fascismo saísse do armário e o encarnasse. Ele pode fazer a insanidade que ele quiser, ele pode defender o medicamento sem prova científica que ele quiser como se fosse cura milagrosa, haverá pessoas que o defenderão e acreditarão nele, inclusive amparadas por computadores que nas redes sociais sabem fazer muito bem sua defesa, criando fake news, criando invenções, divulgando mentiras, falseando a verdade. O fascismo é assim, e Bolsonaro foi investido nesse papel”.

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O ex-ministro ressaltou que o Congresso Nacional deve ter clareza neste momento e promover a saída de Bolsonaro, que conspira contra a democracia. Em sua avaliação, Bolsonaro já cometeu crimes de responsabilidade e não pode permanecer no cargo por mais tempo.

“O Congresso Nacional deverá ter o juízo nesse momento de saber que não pode manter um presidente que conspira contra a democracia. Devem fazê-lo com todo o cuidado, devem fazê-lo com a avaliação da conjuntura, devem fazê-lo de forma articulada, que não é um golpe, mas uma afirmação democrática relativamente a um presidente que não tem condições mais de continuar governando. Tem que fazer isso com o menor trauma possível e, portanto, dialogar com os poderes constituídos para que isso possa ser feito com a menor dor possível. Não há mais dúvidas de que ele incorreu em crimes de responsabilidade, daqui para frente tem que discutir conveniência e oportunidade de seu afastamento. Ele não poderá permanecer no poder por muito mais tempo, é uma questão que não se pode voltar mais atrás. ‘Fora Bolsonaro’ é algo importante para a democracia”.

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Sergio Moro

Em relação à atuação do Ministério da Justiça e do ex-ministro Sergio Moro, Cardozo disse, antes da saída de Moro do governo, que poucas vezes viu tamanho “amesquinhamento” por parte do ministério e classificou Moro como “monocórdio”, ou seja, aquele que se repete.

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“O ministro da Justiça é um cargo-chave para o Estado. Independente de qualquer avaliação que se possa fazer do meu desempenho, o que me parece espantoso é o amesquinhamento do Ministério da Justiça no período de crise. Não houve uma crise ao longo do governo Dilma Rousseff em que o Ministério da Justiça não estivesse ocupando papel ativo. O Ministério da Justiça tem uma capilaridade, uma atuação de relação institucional com o Judiciário e com o Ministério Público que não pode ser descartada, especialmente nas horas de crise. O ministro da Justiça é um mediador do Estado de Direito. O Ministério da Justiça foi amesquinhado como poucas vezes eu vi na história ao longo de uma crise”, afirmou Cardozo.

Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista na íntegra:

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