Juíza diz que 'Mamãe Falei' importunou ucranianas e nega indenização contra Boulos
Decisão judicial aponta que Mamãe Falei desrespeitou mulheres ucranianas em áudio e rejeita pedido de indenização contra Guilherme Boulos
247 — Em uma decisão que reverberou no cenário político brasileiro, a juíza Maria Coelho negou o pedido de indenização feito por oponente político e youtuber conhecido como "Mamãe Falei" contra Guilherme Boulos, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. A ação alegava calúnia, difamação e assédio por parte de Boulos, mas a magistrada argumentou que o autor do processo, Mamãe Falei, teria importunado mulheres ucranianas durante uma viagem. Em sua sentença, a juíza Maria Coelho destacou que, apesar das negações de Mamãe Falei em relação a atos ofensivos, um áudio divulgado pelo youtuber deixou claro que ele desrespeitou as mulheres ucranianas. A juíza cita as palavras de Mamãe Falei no áudio, onde ele afirma ter "colado em duas minas", às quais, segundo sua opinião, seriam "fáceis". A juíza argumenta que essa linguagem objetificou e menosprezou as mulheres, especialmente porque, nas palavras de Mamãe Falei, "elas são pobres". A juíza Coelho afirmou na decisão que a intenção de Mamãe Falei era importunar e menosprezar as mulheres ucranianas, o que tornava infundadas suas alegações de calúnia e difamação por parte de Guilherme Boulos.
Além disso, a juíza Maria Coelho ressaltou que Boulos não acusou o oponente de assédio sexual, como afirmava a petição inicial do líder do Movimento Brasil Livre (MBL). A juíza destacou que Boulos usou o termo "assédio" no sentido de insistência impertinente, o que, segundo ela, realmente ocorreu na situação em questão. Boulos alegou que Mamãe Falei havia importunado as mulheres durante a viagem. Outro ponto mencionado no pedido de indenização movido por Mamãe Falei diz respeito à alegação de que a viagem teria sido paga com dinheiro público. A juíza ponderou que, embora não tenham sido apresentadas provas de que as despesas de passagem e estadia foram pagas pelo erário, "não há, igualmente, demonstração de que não o foram".
