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Juíza durona substitui Patrícia Acioli, assassinada no Rio

Alessandra da Rocha Lima Roidis, tambm considerada "linha-dura", assume como titular da 4 Vara Criminal de So Gonalo; ela ir julgar 11 policiais militares acusados de envolvimento na execuo da magistrada

Juíza durona substitui Patrícia Acioli, assassinada no Rio (Foto: Divulgação)

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247 - A 4ª Vara Criminal de São Gonçalo ganhou uma nova titular. A promovida é Alessandra da Rocha Lima Roidis. Ela assume a cadeira sete meses após o assassinato da juíza Patrícia Acioli, em Niterói. "Magistrada também linha-dura que atuava em Queimados, na Baixada Fluminense", disse o jornalista Ricardo Boechat, em coluna semanal na Isto É Independente.

Alessandra assume com a difícil missão de julgar 11 policiais militares acusados pelo homicídio. Eles irão a júri popular por decisão da 3ª Vara Criminal de Niterói. Os réus recorreram da decisão no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que negou livramento do júri popular.

De acordo com entrevista publicada pela Folha de S. Paulo, Alessandra declarou: ”Eu queria que os tribunais dessem mais segurança aos juízes, que houvesse uma estrutura de trabalho em que nos sentíssemos seguros para exercer a profissão”.

Relembre o caso:

Patricia Acioli foi assassinada em agosto do ano passado com 21 tiros quando voltava para casa em Niterói. As investigações da Polícia Civil do Rio levaram o Ministério Público a oferecer denúncia contra 11 policiais por homicídio triplamente qualificado. 

Além do crime de homicídio, dez dos 11 policiais respondem por formação de quadrilha armada, já que são acusados de terem operado um esquema de desvios de apreensões de dinheiro e armas no combate ao tráfico. 

Segundo o Ministério Público, o tenente-coronel Cláudio de Oliveira é quem comandava o grupo criminoso. Ele teria planejado o assassinato por estar contrariado com a atuação da juíza na comarca de São Gonçalo.

O grupo cometia extorsões e homicídios, como se fossem autos de resistência, e chegava a arrecadar, em média, de R$ 10 mil a R$ 12 mil por semana, com práticas como desvios de drogas e armas, o chamado “espólio de guerra”. 

Patricia Acioli era tida como juíza linha dura e atuava com rigor no combate a grupos de extermínio, milícias e máfias em funcionamento no município de São Gonçalo, região metropolitana do Rio. 

A juíza condenou policiais em casos de autos de resistência - situação em que se pode esconder um homicídio com a alegação de que se tratava de um combate policial.

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