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Brasil

Justiça brasileira nega transferência de presídio a “testa de ferro” das Farc

Carlos Rodrigues Orosco queria sair do presdio de segurana mxima de Campo Grande para uma penitenciria de Manaus; ele foi preso em 2010 e usava identidade falsa no Pas

Justiça brasileira nega transferência de presídio a “testa de ferro” das Farc (Foto: Google Earth)
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Fernando Porfírio _247 – O Tribunal Regional Federal da 3ª Região, com sede em São Paulo, negou habeas corpus para transferir o colombiano Carlos Rodrigues Orosco, apontado como “testa de ferro” das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no Brasil, do presídio federal de segurança máxima de Campo Grande (MS) para uma penitenciária de Manaus. A decisão, por votação unânime, é da Quinta turma do TRF3.

Em seu relatório, o desembargador Luiz Stefanini, do TRF3, definiu o colombiano Carlos Orosco como “pessoa com personalidade distorcida e perigosa, sendo testa de ferro das FARC, atuante no tráfico internacional de drogas, estando sendo processado no feito originário pela prática do crime de associação ao tráfico de entorpecentes em âmbito internacional, sendo um dos responsáveis pela logística do transporte da droga proveniente da Colômbia até o sistema aquaviário de Manaus, na denominada rota Solimões”.

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Carlos Orosco foi preso em maio de 2010, durante a chamada Operação Rota Solimões, da Polícia Federal. De acordo com a PF, Carlos é irmão do colombiano José Samuel Sánchez, o “Tartareto”, o subcomandante da Frente 22 das Farc.

Ainda de acordo com a polícia, Sánchez era encarregado da comissão de logística e da venda de drogas para financiar o grupo guerrilheiro. Por ser procurado na Colômbia por crimes como homicídio e sequestro, ele usava identidade falsa no Brasil, com o nome de Daniel Rodrigues Orosco.

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Segundo investigação, Carlos Orosco atuava junto ao grupo liderado por seu irmão. Carlos era o dono de uma empresa de fachada, conhecida como “Frigorífico Tefé Comércio e Navegação Ltda.”, além de uma frota de barcos de pesca que eram usados, segundo a PF, para lavagem de dinheiro e realizar apoio e transporte das drogas e armas do grupo em território brasileiro.

Sánchez recebia pasta base e cloridrato de cocaína da Colômbia e usava o frigorífico do irmão, Carlos Rodrigues Orosco, em Tefé, para transportá-la. Barcos eram carregados com as drogas na ilha do Cardoso e em seguida eram camuflados com peixes em Tefé. Além de Sánchez e Carlos, também foram presas outras sete pessoas.

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Quando da prisão do grupo, a PF encontrou uma antena de rádio amador de alta potência no sítio do colombiano Sánchez. O equipamento, de acordo com policiais, era o principal meio de comunicação de membros das Farc com traficantes de drogas do Amazonas. A antena estava no alto de uma árvore de dez metros de altura, no sítio de Sánchez, em Tarumã, zona rural da capital amazonense.

No momento da prisão, membros das Farc falavam no rádio com um dos oito presos junto com Sánchez, segundo informação da PF. A antena possibilitava a comunicação com membros das Farc na Colômbia e com traficantes de drogas em Manaus, na ilha do Cardoso (700 quilômetros da capital), Maraã (681 quilômetros de Manaus), Tefé (525 quilômetros da capital) e Tabatinga (1.105 quilômetros de Manaus).

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Um relatório produzido pela inteligência da Polícia Federal aponta que as Farc atua de forma organizada do lado brasileiro da fronteira. De acordo com o documento, a guerrilha colombiana não só tem violado sistematicamente a fronteira Colômbia-Brasil como tem usado o território brasileiro para seus negócios, especialmente o narcotráfico.

“Claro está, portanto, que a transferência do paciente ao Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS) lastreou-se no interesse da segurança pública e da administração da justiça, haja vista a alta periculosidade por ele apresentada, seja pelas rebeliões em presídios das quais já participou, seja porque é apontado pelo Ministério Público Federal como um dos líderes da organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas na região da fronteira do Brasil com a Colômbia”, afirmou o relator em sua decisão, que foi acompanhada pelos demais desembargadores.

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A transferência de Carlos Orosco da penitenciária de Manaus para o presídio federal de segurança máxima de Campo Grande foi sugerido pela Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência da Polícia Federal. O fundamento do braço da PF foi o de que o colombiano fazia parte de uma facção criminosa internacional altamente organizada, o que poderia vir a oferecer influência negativa dentro do sistema penitenciário, tanto com detentos quanto com funcionários, além do risco de fuga a qualquer momento.

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