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Justiça decreta prisão dos PMs que mataram Juan

Garoto de 11 anos foi assassinado durante uma operao policial no Rio de Janeiro

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Fernando Porfírio_247 – A justiça do Rio decretou a prisão temporária dos policiais militares Isaías Souza do Carmo, Edilberto Barros do Nascimento, Ubirani Soares e Rubens da Silva. Eles são acusados de matar o jovem Juan de Moraes e mais outra pessoa e de ferir outros dois adolescentes. O decreto de prisão é do juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu.

Os PMs são acusados de dois homicídios qualificados (motivo torpe e pelo emprego de recurso que dificultou a defesa das vítimas) e duas tentativas de homicídios qualificados. As vítimas são Igor Souza Afonso, Juan Moraes Neves, Wesley Felipe Moraes da Silva e Wanderson dos Santos de Assis.

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O estudante Juan de Moraes foi executado durante a operação policial em que não houve troca de tiros, concluiu a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. O jovem de apenas 11 anos estava junto com o irmão Wesley de Moraes, de 14 anos, na Favela Danon, em Nova Iguaçu, no dia 20 de junho, quando os policiais militares abriram fogo aparentemente sem necessidade, atingindo outras duas pessoas e matando uma delas.

Para o magistrado, cabe a custódia cautelar, já que existe prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria. “Os fatos em exame revelam a estrita necessidade para que a prisão temporária seja decretada, a qual não se faz meramente conveniente, mas essencial como medida asseguradora do bom curso da investigação, uma vez que ainda existem diligências a ser realizadas, necessárias ao perfeito esclarecimento dos fatos”, afirmou.

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No início do mês, o diretor de Polícia Técnica e Científica da Polícia Civil, Sérgio Henriques, já havia revelado, após perícia, que não foram encontrados indícios de disparos por parte de criminosos. Apenas cinco cápsulas deflagradas do mesmo calibre usado pela Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro foram encontradas no local dos crimes.

O irmão de Juan foi ferido na ação e, posteriormente, incluído com o também baleado Wanderson dos Santos Assis, vendedor de 19 anos, em programas federais de proteção a testemunhas. Durante a operação que vitimou o garoto, o suposto traficante Igor de Souza Afonso, de 17 anos, também foi assassinado.

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O Ministério Público pediu as prisões temporárias dos cabos Edilberto Barros do Nascimento e Rubens da Silva e dos sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares. Eles são acusados por dois homicídios duplamente qualificados (pelas mortes de Juan e de Igor de Souza Afonso), duas tentativas de homicídio duplamente qualificado (Wesley de Moraes e Wanderson de Assis) e ocultação de cadáver (de Juan).

Após a operação do dia 20 de junho, os PMs envolvidos registraram o caso como auto de resistência na Delegacia de Comendador Soares (56ª DP). Apesar de Juan ter sido dado pela família com desaparecido, a perícia só foi solicitada ao local pela polícia oito dias depois da ação, o que motivou a migração do caso para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.

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No dia 30 de junho, uma ossada foi encontrada perto de um rio em Belford Roxo, e a perícia chegou a negar que ela fosse de Juan, mas, seis dias depois, a polícia assumiu o erro e confirmou a prova da morte do jovem.

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