Justiça reduz pena de suposto espião russo para 5 anos e regime semiaberto
Sergey Cherkasov, condenado por uso de documento falso, continuará no Brasil sem data prevista para extradição
247 — A Justiça brasileira decidiu reduzir a pena do suposto espião russo, Sergey Cherkasov, para 5 anos de reclusão em regime semiaberto, informou o Uol. Inicialmente, Cherkasov havia sido condenado a 15 anos de prisão em regime fechado, além do pagamento de 16 dias-multa. A defesa do russo recorreu da decisão da primeira instância, que o considerou culpado pelo uso de documento falso. A prisão de Cherkasov ocorreu quando ele tentava se infiltrar no Tribunal de Haia, na Holanda, em abril do ano passado, apresentando-se como um estudante brasileiro de nome Victor Muller Ferreira. O suposto espião foi detido pelas autoridades holandesas e, posteriormente, deportado para o Brasil.
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O ministro da Justiça, Flavio Dino, afirmou que não há data prevista para a extradição de Cherkasov, e ele permanecerá no Brasil com base em tratados e na Lei da Migração. O ministro informou que foram dois pedidos de extradição referentes ao caso do russo. Cherkasov nega as acusações de ser um espião da Rússia e alega que utilizava documentos falsos apenas com o nome de Victor Muller Ferreira. No entanto, a Rússia exige a extradição do suposto espião, acusando-o de envolvimento em tráfico de drogas. A decisão da Justiça em reduzir a pena e mantê-lo no Brasil gerou polêmica e chamou a atenção do Supremo Tribunal Federal (STF), que está acompanhando o caso de perto e busca a conclusão das investigações sobre as atividades de Cherkasov.
