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Brasil

Lambança no laranjal

"O ex-capitão Bolsonaro seguiu, ao que parece, à risca o roteiro do outro capitão, ficcional, o Nascimento. O 'pede pra sair' foi diante de todos, com direito a cusparada, tapa na cara e humilhação. Em matéria de 'escracho', anos-luz distante ao 'some, por favor' dito a Fabrício Queiroz", diz o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço

Lambança no laranjal (Foto: Adriano Machado - Reuters)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - Era para ser o grande dia: alta (ou baixa, como ele diz) do hospital e anúncio das regras de reforma da previdência.

Mas todas as atenções- e as capas dos jornais – estão afundadas no “Laranjal do Jair”, o escândalo que virou gigante quando Bolsonaro atiçou o filho a chamar de “mentiroso” o seu ex-parceiro de negócios da campanha, Gustavo Bebbiano, o homem que “acertou” a entrega do PSL de Luciano Bivar para servir de montaria à candidatura do ex-capitão.

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É claro que, àquele casamento de conveniência não faltou o dote e, farto, porque o aluguel da legenda foi “de porteira fechada”, tanto que a presidência foi entregue do partido foi entregue ao próprio Bebbiano e só devolvida no pós-eleição, para que o agora “mentiroso” fosse ser o articulador da transição de governo.

Como é claro que, por mais inapetência que Jair Bolsonaro tenha pelos negócios – neste caso, literalmente – partidários Gustavo Bebbiano não teria autonomia para fechar o acerto, que até um comunicado-contrato teve, sem o conhecimento do chefe.

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É a carta que ele tem no bolso, provavelmente, mas que dificilmente poderá usar, tamanho é o poder do agora ex-amigo e da “filhocracia” que o cerca.

Há um inegável clima de espanto e medo diante da violência que está marcando o episódio.

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O ex-capitão Bolsonaro seguiu, ao que parece, à risca o roteiro do outro capitão, ficcional, o Nascimento. O “pede pra sair” foi diante de todos, com direito a cusparada, tapa na cara e humilhação. Em matéria de “escracho”, anos-luz distante ao “some, por favor” dito a Fabrício Queiroz.

O resultado prático é que a cena de um governo equilibrado e ponderado, que iria ser levada ao palco hoje, com o “bom” Bolsonaro propondo uma idade mínima para a aposentadoria que não fosse tão dura quanto a “além-túmulo” com que a turma de Paulo Guedes acenava, foi roubada pelo “tiro, porrada e bomba” que está na ribalta, neste momento.

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Há medo e uma sensação de que os métodos do “ex e sempre” capitão não servem ao generalato político que assumiu.

Este negócio de “quem piar leva uma tuitada” não funciona com gente grande.

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