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Brasil

Lixão de donos do jet ski é monumento à impunidade

Empresa Pajoan, que explora o lixo na Grande So Paulo, j teve exploso em aterro, levou mais de 20 multas da Cetesb, que no foram pagas, e ainda assim continua funcionando; seus scios so donos da mquina que matou a pequena Grazielly

Lixão de donos do jet ski é monumento à impunidade (Foto: Nelson Antoine/AGÊNCIA ESTADO_DivulgaçãoNelson Antoine/AGÊNCIA ESTADO_DivulgaçãoNelson Antoine/AGÊNCIA ESTADO)
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Gisele Federicce _247 – Os donos do jet ski que atropelou e matou Grazielly de Almeida, de três anos, na praia de Bertioga (SP) no último sábado, definitivamente não têm apenas esse problema com o qual se preocupar. Em Itaquaquecetuba, município vizinho de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, onde mora a família do adolescente de 14 anos que estaria pilotando o aparelho, Luiz Augusto Cardoso e José Augusto Cardoso Filho administram a Empreiteira Pajoan, prestadora de serviços no setor de coleta de lixo que coleciona irregularidades e dezenas de multas aplicadas pela Cetesb, mas que mesmo assim mantém ativo seu aterro na cidade.

Em abril do ano passado, a empresa vivenciou o maior de seus problemas, que desde então vem acarretando diversos outros. O aterro foi cenário de uma explosão que provocou o desmoronamento de milhares de toneladas de lixo e terra, o vazamento de chorume no local e a invasão da Estrada do Ribeira por resíduos sólidos. À época, o aterro foi interditado e recebeu a proibição de aterrar resíduos no local. A família Cardoso assumiu, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o compromisso de recuperar a área degradada pelo antigo Consórcio Intermunicipal para Aterro Sanitário (Cipas), que era gerenciado pelos prefeitos de cinco cidades do entorno. Mesmo assim, os Cardoso afirmam que o Consórcio deve ser responsabilizado pelo acidente. Na última sexta-feira, 17, eles protocolaram um dossiê na Cetesb pedindo a anulação ou o compartilhamento das até aqui 17 multas aplicadas à empresa.

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O nome de Luiz Augusto Cardoso foi confirmado ontem à Rádio Bandeirantes pelo chefe-geral da Polícia Civil, o delegado Marcos Carneiro, como sendo o do proprietário do aparelho. “O dono do jet ski é o senhor Luiz Augusto Cardoso. (...) A informação que nós temos é de que é um empresário ligado à área de coleta de lixo e que prestaria serviços para diversos municípios da região”, afirmou Carneiro. O empresário da Pajoan prestará depoimento nesta quinta-feira, 23, junto com a família de Grazielly. “Quando começa a apuração, todas as pessoas envolvidas são ouvidas, isso para verificar o grau de participação de cada um, o grau de responsabilidade. A informação que nós temos é que toda a documentação referente à casa [da Riviera de São Lourenço] e ao jet ski seriam do Luiz Augusto Cardoso”, acrescentou o delegado.

A família da garota de três anos confirmou que será representada pelo advogado José Beraldo, que recentemente trabalhou no caso Eloá como assistente do Ministério Público na acusação contra Lindemberg Alves. Em coletiva concedida nesta quarta-feira, o advogado criminalista disse que o adolescente de 14 anos deve ser punido. A mãe de Grazielly, Cirleide Lames, também esteve no local. O advogado do jovem, Maurimar Bosco Chiasso – ligado ao deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), envolvido em uma série de denúncias do Ministério dos Transportes (leia mais aqui) – defende que o jovem só deu a partida no jet ski e que ele não estava em cima da embarcação quando ela atingiu a criança na praia.

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