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Brasil

Lula critica Aras por acobertar corrupção no governo Bolsonaro: 'não processa as coisas que tem que processar'

"Teve um tempo que tinha um procurador chamado engavetador e agora você tem um procurador que não processa as coisas que tem que processa", disse o ex-presidente Lula

Lula e Augusto Aras (Foto: Ricardo Stuckert | G.Dettmar/Ag.CNJ)
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Reuters - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de outubro, criticou nesta terça-feira o procurador-geral da República, Augusto Aras, acusando-o de não processar o que deveria ser processado.

Em entrevista à rádio Mais Brasil, de Manaus, Lula afirmou que há assuntos mais importantes a serem discutidos no Brasil do que a corrupção, como por exemplo, formas de fazer a economia crescer e criar empregos para a população.

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"Nós temos muitos assuntos para discutir, mas as pessoas preferem discutir corrupção, porque nessa discussão você pode mentir, você pode falar o que quiser", disse Lula.

Ao mesmo tempo, ele voltou a defender mecanismos de combate à corrupção criados no período que governou o país e criticou o atual governo de Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição e que aparece em segundo lugar nas pesquisas.

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"Só tem um jeito de não aparecer corrupção, é não ter corrupção ou você esconder a corrupção. No caso do meu governo a gente escancarou", afirmou Lula.

"Agora, no Brasil, o que a gente vê? Você teve um tempo que tinha um procurador chamado engavetador e agora você tem um procurador que não processa as coisas que tem que processar --o resultado da CPI está paralisado-- e ao mesmo tempo você tem um presidente que qualquer denúncia contra ele, ele decreta sigilo de 100 anos", alfinetou.

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Ao indicar Aras em 2019 pela primeira vez e, em 2021, pela segunda, Bolsonaro rompeu a prática inaugurada no governo Lula e mantida nas gestões de Dilma Rousseff e Michel Temer de nomear um procurador da lista tríplice formulada após eleição interna da categoria.

Lula e Dilma escolheram sempre os mais votados, Temer optou pela segunda colocada na lista, enquanto Aras não constava dela em nenhuma das vezes que foi escolhido.

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O atual procurador-geral é muitas vezes criticado pelos que veem um certo alinhamento dele a Bolsonaro e falta de disposição de dar andamento a casos que desagradam o presidente, como por exemplo as apurações da CPI da Covid no Senado.

Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, na semana passada, Lula foi perguntado se, caso eleito, manterá a prática inaugurada em seu governo de indicar para a PGR o mais votado na eleição interna da categoria. Ele se recusou a assumir este compromisso, afirmando que quer "deixar uma pulga atrás da orelha" e dialogar com o Ministério Público antes de tomar uma decisão.

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A Procuradoria-Geral da República não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre as declarações de Lula a respeito de Aras.

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