Lula critica geração de 'políticos cretinos' e diz que 'tranqueiras' não voltarão à Presidência

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (18) que setores da política brasileira têm se sustentado na desinformação e que “tranqueiras” - em referência a Jair Bolsonaro (PL) e aliados - que governaram o país não voltarão ao poder. As declarações foram feitas durante discurso nesta terça-feira (18), por ocasião da inauguração de uma ponte que liga Xambioá (TO) a São Geraldo do Araguaia (PA)

Com a aproximação do ano eleitoral, Lula rebateu críticas sobre sua idade (80) e ressaltou que a motivação para governar continua renovada. “Eu não sou nenhuma criança. Vocês sabem que sou o único presidente do Brasil que fui eleito três vezes. E tem pessoas que falam assim: ‘o Lula está velho’. Eles não sabem de uma coisa: o fato do mundo ser redondo, a Terra girar e os anos passarem não significa que você fica velho. O que é novo em mim é minha motivação, é a causa que tenho por esse país”, afirmou.

Lula elevou o tom ao garantir que aqueles que governaram o país recentemente não retornarão ao Palácio do Planalto. “Aquelas tranqueiras que governaram esse país não voltarão a governar mais. Não voltarão! Vai ter eleições limpas, democráticas, todo mundo vai participar, não vai ter policial rodoviário proibindo eleitor de votar, não vai ter denúncia de urna falsa… Minha democracia é assim: disputa quem quer, ganha quem pode e festeja quem ganhar as eleições. Nada de chororô”, disse.

O presidente também criticou parlamentares que, segundo ele, utilizam redes sociais para promover ataques e desinformação. “Chega de deputado ir fazer uma pergunta ao ministro com o celular na cara para tentar fazer mentira. Agora vai ser a era da verdade. […] É uma vergonha a quantidade de mentira que esse país virou, a quantidade de político cretino que vive o dia inteiro no celular contando mentira”, declarou.

Governo entrega economia melhor 

Lula destacou ainda que os resultados econômicos de seu governo começam a se consolidar. “Vamos entregar esse país com uma inflação mais baixa, com juros mais baixos, com salário mais alto, com o povo mais feliz, as mulheres e homens mais felizes”, afirmou.

Ele acrescentou que o Brasil seguirá uma política externa soberana, sem aceitar tutela de outras potências internacionais. “Somos um país pobre – não tão pobre –, mas não aceitamos que ninguém, nem russo, nem chinês, nem americano, nem francês, diga o que temos que fazer. Nós é que decidimos”, disse o presidente.

Ao citar áreas como ciência e tecnologia, transporte, saúde, direitos humanos e proteção indígena e quilombola, Lula afirmou que seu governo está preparado para comparar resultados com gestões anteriores na campanha eleitoral. Para ele, essa será a melhor forma de impedir que o eleitorado “vote novamente em uma mentira”, reforçando o compromisso com uma disputa democrática baseada em fatos.