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Lula diz que seu terceiro governo não será uma repetição dos dois primeiros e defende Dilma: "inatacável"

O ex-presidente fez uma fala pela pacificação do país e contra a violência na política, lembrando de quando disputou com FHC e Serra: "esse país era tranquilo"

(Foto: Ricardo Stuckert)

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247 - O ex-presidente Lula (PT) foi questionado em entrevista à CBN do Vale do Paraíba, São Paulo, sobre a participação da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em seu eventual terceiro governo. Lula é o favorito em todas as pesquisas eleitorais para retornar ao poder.

O petista disse que não pretende fazer de seu eventual terceiro governo uma repetição dos governos anteriores do PT, indicando que Dilma não deve compor a linha de frente de sua equipe, mas saiu em defesa da colega. "Nós não vamos trabalhar para remontar o governo de 2003, 2004, 2005. O tempo passou, tem muita gente nova no pedaço e eu pretendo montar o governo com muita gente nova, com muita gente importante e com muita gente com muita experiência também. A Dilma é uma pessoa pela qual eu tenho o mais profundo respeito e o mais profundo carinho".

"A Dilma tecnicamente é uma pessoa inatacável. A Dilma tem uma competência extraordinária. Aonde que a companheira Dilma, na minha opinião, erra? É na política. Ela não tem a paciência que a política exige que a gente tenha para conversar, para ouvir as pessoas dizerem não, para atender as pessoas mesmo quando você não gosta do que elas estão falando", disse.

Lula também lembrou que Dilma foi muito pressionada e violentada no seu segundo mandato, com estímulo da imprensa e de Aécio Neves (PSDB). Ele lembrou de quando rivalizava, em clima de paz, com tucanos como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-ministro José Serra. "Nós cometemos um equívoco pela pressão em cima da Dilma. Vocês não acham que foi brincadeira o que aconteceu em 2013, 2014, 2015, 2016 em cima da presidente Dilma. Foi muita violência, muita violência. E parte dessa violência se deve ao Aécio Neves, porque esse país era tranquilo quando eu disputava as eleições com o Fernando Henrique Cardoso, quando eu disputei com o Serra, com o Alckmin. A gente discordava, mas a gente era capaz de se encontrar em um restaurante depois de um comício e se cumprimentar. A partir de 2013 esse país perdeu isso. O país foi tocado pelo ódio, com grande culpa da imprensa brasileira".

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