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Marco Aurélio, do STF: “Nunca vi tanta delação”

Ao comentar a Operação Lava Jato nesta quarta-feira, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, ressalta que agora "as coisas já não são varridas para debaixo do tapete", mas faz uma ressalva: "devo admitir que eu nunca vi tanta delação"; ele diz esperar que "todas elas tenham sido espontâneas"; em entrevista concedida nesta semana, Marco Aurélio já havia feito críticas ao uso do instituto da colaboração premiada; segundo ele, o número de delatores no caso (que agora chega a 18) "já revela algo estranho"; nos EUA, a presidente Dilma Rousseff lembrou da ditadura e declarou "não respeitar delator"

Ao comentar a Operação Lava Jato nesta quarta-feira, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, ressalta que agora "as coisas já não são varridas para debaixo do tapete", mas faz uma ressalva: "devo admitir que eu nunca vi tanta delação"; ele diz esperar que "todas elas tenham sido espontâneas"; em entrevista concedida nesta semana, Marco Aurélio já havia feito críticas ao uso do instituto da colaboração premiada; segundo ele, o número de delatores no caso (que agora chega a 18) "já revela algo estranho"; nos EUA, a presidente Dilma Rousseff lembrou da ditadura e declarou "não respeitar delator" (Foto: Gisele Federicce)
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247 – A Operação Lava Jato aponta uma tendência de "corrigir rumos", uma vez que "as coisas já não são varridas para debaixo do tapete", avaliou nesta quarta-feira 1º o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal.

O magistrado, porém, faz uma ressalva quanto ao uso da delação premiada na investigação: "devo admitir que eu nunca vi tanta delação". Ele disse ainda esperar "que elas, todas elas, tenham sido espontâneas".

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É a segunda crítica do ministro em apenas uma semana sobre o instituto da colaboração premiada na investigação conduzida pelo juiz Sérgio Moro, do Paraná. Na última entrevista, publicada há dois dias, ele afirmou que o número de delatores no caso "já revela algo estranho".

Desde o início das investigações, foram acertados 18 acordos de delação premiada entre os réus e a Procuradoria-Geral da República. O acordo prevê uma pena mais branda aos envolvidos em troca da revelação do que sabem sobre o esquema de corrupção.

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Os dois últimos acordos foram firmados pelo empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, cujas denúncias atingem PT e oposição, e por Milton Pascowitch, apontado como lobista e intermediário de pagamentos feitos ao partido e ao ex-ministro José Dirceu.

Nessa semana, nos Estados Unidos, a presidente Dilma Rousseff rebateu denúncias reveladas na delação de Pessoa apontando um "estranho vazamento seletivo". Lembrando da época da ditadura, quando segundo ela, tentaram transformá-la em uma delatora, Dilma disse ainda que "não respeita delator".

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Abaixo, reportagem da Agência Brasil com as declarações de Marco Aurélio:

Ministro do STF diz que objetivo de delatores é "salvar a própria pele"

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André Richter - O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou hoje (1º) que o objetivo maior dos delatores é "salvar a própria pele" ou amenizar uma pena futura. Ao deixar a última sessão do STF antes do recesso de julho, o ministro também disse esperar que as delações assinadas na Operação Lava Jato tenham sido espontâneas.

"O momento é alvissareiro, porque, quando as coisas não são varridas para debaixo do tapete, a tendência é corrigir-se rumos. Isso é muito importante para termos dias melhores no Brasil. Agora, devo admitir que nunca vi tanta delação. Que elas, todas elas, tenham sido espontâneas. Assento que eles [delatores] querem colaborar com a Justiça, embora o objetivo maior seja salvar a própria pele ou amenizar uma pena futura", acrescentou Marco Aurélio.

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Desde o início das investigações da Lava Jato, 18 acusados assinaram acordo de delação com o Ministério Público Federal (STF), órgão que coordena as apurações. Entre os delatores estão os ex-diretores
de Serviços e de Abastecimento da Petrobras, respectivamente Pedro Barusco e Paulo Roberto Costa, parentes de Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef, além de executivos de empreiteiras.

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