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Marcos Coimbra: popularidade de Bolsonaro vai continuar caindo

Presidente do Instituto Vox Populi, o sociólogo Marcos Coimbra afirmou que a aprovação ao governo de Jair Bolsonaro continuará a cair nos próximos meses e explicou os três motivos para acreditar nesta queda; assista sua entrevista à TV 247

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247 - O presidente do Instituto Vox Populi, empresa que realiza pesquisas de opinião, Marcos Coimbra, lembrou, em participação no programa Giro das 11, da TV 247, que já havia dito no final de janeiro que a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro, que já era ruim, iria piorar. Pesquisas divulgadas nessa semana confirmaram suas previsões.

Não satisfeito com o acerto em sua previsão de que a popularidade de Bolsonaro iria cair, Marcos Coimbra fez uma nova aposta. "É hora de fazer uma nova aposta, de que a popularidade de Bolsonaro e a aprovação de seu governo vão continuar a cair nos próximos meses. É até provável que a queda seja rápida e acentuada, levando-o a um cenário parecido com o que enfrentaram Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff no segundo semestre de seu segundo mandato".

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Coimbra aprontou três motivos para a situação atual e para o que ainda está por vir. O primeiro deles é a base de Bolsonaro que é pequena dar o apoio necessário a ele". Contrariando a versão que circulou depois de sua vitória eleitoral, de que estávamos perante um tsunami que havia inundado a sociedade brasileira, o bolsonarismo sempre foi um fenômeno limitado. Em agosto, na média das pesquisas publicadas, a dois meses do primeiro turno, Bolsonaro mal passava de 15% em listas com Lula e de 20% quando Haddad era apresentado como o candidato do PT".

O presidente do Vox Populi lembrou que Bolsonaro se elegeu com base na degradação da imagem de figuras da esquerda e também contando com uma parcela de antipetistas. "Essa é sua base própria, formada por pessoas que haviam sido atraídas pela atuação do capitão ao longo de anos e o clima de opinião pública que o país vivia. Para crescer na reta final, beneficiou-se do declínio de outros nomes à direita, incorporando eleitores que o percebiam apenas como instrumento para derrotar o PT. Bolsonaro foi além de 15% ou 20% mediante a incorporação tardia de pessoas que relutaram em apoiá-lo até às vésperas do pleito. Não votaram nele por seus méritos, mas por falta de opções competitivas na direita ou desencanto com Haddad".

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O segundo motivo para Coimbra acreditar que as coisas irão piorar para o capitão é que a maneira de retomar a popularidade entre os eleitores seria com bom desempenho no governo, porém, não é provável que isso aconteça. "O governo teria que atender rapidamente às expectativas que a sua eleição havia criado: "arrumar a bagunça", "acabar com a violência", "fazer o Brasil crescer". São coisas complicadas, mas que haviam sido vendidas como simplíssimas. É óbvio que nada disso aconteceu de janeiro para cá. E a chance de que qualquer uma dessas metas seja cumprida, por esse governo, em qualquer prazo razoável, é zero. Sem contar que as sugestões até agora alinhadas para consegui-lo nada têm de 'novo'".

O terceiro e último motivo de Coimbra é que "Bolsonaro é Bolsonaro", ou seja, ele continuará a fazer o que fez até agora. "Como o escorpião da fábula, Bolsonaro não consegue ser diferente do que é. Mata quem o leva de uma margem do rio à outra, apenas porque não consegue conter seu desejo de matar, mesmo sabendo que se afogará. Não seria por uma mera eleição para presidente da República que ele se sentiria na necessidade de mudar. Vão insistir no que sabem fazer: reagir com arrogância à queda de popularidade que os aguarda. A cada pesquisa nova confirmando-a, responderão com bravatas. E, assim, vão agravá-la. É só esperar para ver".

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