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Marina é tímida sobre morte de cinegrafista

Líder política que considerou os protestos da "nova militância, que chamo de ativismo autoral", como a personalidade do ano de 2013, Marina Silva levou todo o dia para dizer uma palavra sobre morte de cinegrafista atingido por rojão de black bloc; nenhuma palavra a respeito em suas redes sociais; logo ela, que é pródiga em elogios aos que estão fora de partidos, de sindicatos e de ONGs; no ano passado, então dirigente do Rede atuou em queima do Palácio do Itamaraty; Marina não deveria ter se pronunciado agora sobre morte provocada pela tal 'nova militância'?

Líder política que considerou os protestos da "nova militância, que chamo de ativismo autoral", como a personalidade do ano de 2013, Marina Silva levou todo o dia para dizer uma palavra sobre morte de cinegrafista atingido por rojão de black bloc; nenhuma palavra a respeito em suas redes sociais; logo ela, que é pródiga em elogios aos que estão fora de partidos, de sindicatos e de ONGs; no ano passado, então dirigente do Rede atuou em queima do Palácio do Itamaraty; Marina não deveria ter se pronunciado agora sobre morte provocada pela tal 'nova militância'? (Foto: Sheila Lopes)
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247 – Os 801 mil seguidores da presidenciável Marina Silva, do PSB, foram contemplados por ela, nesta segunda-feira 10, às 6 horas, com "as diretrizes programáticas" da aliança entre o Rede e os socialistas "nos versos do poeta pernambucano Antônio Marinho". Essa mensagem foi a última que ela postou até pouco mais de 18h00, sem fazer, até ali, nenhuma referência à morte cerebral do cinegrafista Santiago Trindade, atingido por um rojão lançado por um black bloc.

Somente no final da tarde, por volta de 18h30, Marina ocupou sua página no Facebook para se referir ao episódio. Muito tarde, e muito pouco, para quem se acredita em sintonia com as manifestações populares.

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No ano passado, logo após a primeira onda de manifestações populares, Marina foi uma das primeiras políticas a tentar cavalgar o movimento. Mais que isso, procurou fazer com que as manifestações ganhassem em radicalidade, sem lançar sobre elas o crivo do monitoramento, de alguma crítica ou repressão contra o vandalismo.

Foi um dirigente do seu Rede Sustentabilidade que, em Brasília, comandou o espetáculo que levou chamas ao Palácio do Itamaraty, em Brasília, no que ainda é um dos pontos altos dos protestos violentos.

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Como líder política, Marina votou como personalidade do ano de 2013 nessa "nova militância, que chamo de ativismo autoral, pois não se submete a direções partidárias ou sindicais, ONGs ou lideranças carismáticas, produz uma nova agenda em que as prioridades não são manipuladas".

Para quem dá essa dimensão de valor aos protestos, Marina sem dúvida deveria ter sido uma das primeiras a se pronunciar sobre a morte de Santiago Andrade, atingido pelo rojão de um mascarado. Nessa hora difícil, porém, ela passou praticamente todo o dia calada. Ou faltou vontade ou faltou reflexo para uma crítica mais a tempo e hora.

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Abaixo, a manifestação de Marina feita no Facebook às 18h30:

Com profunda tristeza recebo a notícia da morte do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade (http://glo.bo/1eNs1CY). Todos nós, brasileiros, estávamos torcendo pela sua recuperação desde que foi atingido em pleno trabalho, fazendo a cobertura de uma manifestação pública na semana passada. Que nossos sentimentos e orações fortaleçam sua família, seus amigos e colegas de trabalho. E que este trágico episódio nos desperte para a necessidade de cultivar a paz em nossos corações e em nossa sociedade. Nossas manifestações e reivindicações, até nossos protestos, devem sempre ser feitos de forma pacífica. A violência é incapaz de criar uma sociedade justa e solidária. A paz é o nosso caminho.

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