Massacre em tribo do Mato Grosso do Sul
Cacique Nsio Gomes foi assassinado na ltima sexta-feira; lder da comunidade Kaiow Guarani foi alvo de emboscada de 42 pistoleiros
247, com agências - A comunidade Kaiowá Guarani foi alvo de uma emboscada de 42 pistoleiros fortemente armados. Na sexta-feira, 18, eles invadiram o acampamento Tekoha Guaviry, em Amambaí (MS), e executaram o cacique Nísio Gomes, 59.
Após o assassinato, os pistoleiros levaram o corpo dele. Essas são as primeiras informações da comunidade, que está em choque. Ainda não há detalhes sobre outras pessoas que teriam sido atingidas pelo massacre. Mas há registro de dois jovens e uma criança sequestrados.
“Estavam todos de máscaras, com jaquetas escuras. Chegaram ao acampamento e pediram para todos irem para o chão. Portavam armas calibre 12”, disse um indígena da comunidade que presenciou o ataque e terá sua identidade preservada por motivos de segurança.
Conforme relato do indígena, o cacique foi executado com tiros na cabeça, no peito, nos braços e nas pernas. “Chegaram para matar nosso cacique”, afirmou. O filho de Nísio tentou impedir o assassinato do pai, segundo o indígena, e se atirou sobre um dos pistoleiros. Bateram no rapaz, mas ele não desistiu. Só o pararam com um tiro de borracha no peito.
Na frente do filho, executaram o pai. Cerca de dez indígenas permaneceram no acampamento. O restante fugiu para o mato e só se sabe de um rapaz ferido pelos tiros de borracha – disparados contra quem resistiu e contra quem estava atirado ao chão por ordem dos pistoleiros. Este não é o primeiro ataque sofrido pela comunidade, composta por cerca de 60 Kaiowá Guarani.
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