CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasil

Mauro Cid relata nos bastidores conversas sobre golpe e vira homem-bomba para Bolsonaro

Além de Anderson Torres, que está preso e pode vir a delatar o antigo governo, Bolsonaro terá agora que se preocupar com o que sabe o tenente-coronel Mauro Cid

Bolsonaro com Mauro Cid e ato golpista em 8 de janeiro em Brasília (Foto: Isac Nóbrega/PR | Joédson Alves/Agência Brasil)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, testemunhou aliados do então ocupante do Palácio do Planalto sugerirem um golpe militar após sua derrota na eleição presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

O militar foi preso preventivamente durante a Operação Venire, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira (3), com o objetivo de apurar fraudes no cartão de vacinação de Bolsonaro e de pessoas próximas ao ex-mandatário. Bolsonaro foi alvo de mandados de busca e apreensão. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, Cid teria relatado a interlocutores que algumas das propostas golpistas teriam sido feitas por um ex-ministro do governo Bolsonaro e pelo ex-deputado federal Daniel Silveira. 

“No relato de Cid, havia pressões a Bolsonaro para que ele 'virasse o jogo', assinando 142 [artigo 142 da Constituição Federal, utilizado por bolsonaristas para justificar uma intervenção militar] e, até, que encampasse um golpe para prender ministros do STF, como Alexandre de Moraes. A partir desse roteiro, Bolsonaro convocaria novas eleições e ordenaria voto impresso. No relato do fiel escudeiro de Bolsonaro, o ex-presidente apenas ouvia as propostas de seus aliados”, diz a reportagem.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

>>> Bolsonaro e Mauro Cid tinham 'plena ciência' de fraude no cartão de vacinação, aponta Polícia Federal

As possíveis revelações de Mauro Cid sobre a intentona golpista somam-se aos temores de aliados e partidários de Jair Bolsonaro de que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, preso pela suspeita de omissão nos atentados terroristas do dia 8 de janeiro, faça uma delação premiada e implique diretamente o ex-mandatário. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Torres está preso desde o dia 14 de janeiro, acusado de omissão durante os atos terroristas do dia 8 daquele mês, quando apoiadores de Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em uma tentativa de tomar o poder do presidente Lula. As investigações citam ainda a 'minuta do golpe' encontrada pela Polícia Federal na casa de Torres. O documento previa um 'estado de defesa' na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para derrubar o resultado das eleições livres e justas que deram vitória ao presidente Lula.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO