Mauro Cid salvou comprovante de transferência de dinheiro assinado por Bolsonaro
O e-mail encontrado na caixa de mensagens do ex-ajudante de ordens é de 22 de dezembro de 2022. Mauro Cid já decidiu confessar crimes das joias e acusar Bolsonaro como mandante
247 - O tenente-coronel Mauro Cid arquivou em sua correspondência eletrônica um registro de transação financeira em que consta uma transferência de fundos de Jair Bolsonaro para uma conta nos Estados Unidos. O e-mail em questão foi datado em 22 de dezembro de 2022, às 18h42, e foi divulgado pelo site O Cafezinho.
O documento revela que a operação foi realizada por meio do Banco do Brasil e traz a assinatura de Bolsonaro como signatário. Os recursos seriam retirados da conta de Jair Bolsonaro situada no Anexo I do Senado Federal, em Brasília, com o destino sendo a agência correspondente do mesmo banco em Miami.
Embora o montante da transferência não seja detalhado no referido documento, anteriormente a Polícia Federal já havia iniciado uma investigação sobre a transferência de R$ 675 mil de Bolsonaro para os Estados Unidos. A descoberta do comprovante nos e-mails de Mauro Cid complica ainda mais a possibilidade de o ex-presidente se dissociar de seu ex-ajudante de ordens, na tentativa de evitar que o caso seja vinculado diretamente a Bolsonaro.
Veja o documento assinado por Jair Bolsonaro:
Urgente: Cid confessa e aponta Bolsonaro como mandante no roubo de joias
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), vai confessar a investigadores que houve um esquema de recebimento de venda ilegal de joias dadas por governos de outros países ao Brasil - por lei, presentes devem pertencer ao Estado brasileiro, e não podem ser incorporados a patrimônio pessoal. De acordo com informações publicadas nesta quinta-feira (17) pela revista Veja, o militar, "que se manteve em silêncio desde que foi preso, decidiu confessar".
"Acuado diante das múltiplas evidências colhidas pela polícia, o ex-ajudante de ordens vai assumir sua participação nos crimes. No caso dos presentes, vai confirmar que participou da venda das joias nos Estados Unidos, providenciou a transferência para o Brasil do dinheiro arrecadado e o entregou a Jair Bolsonaro — em espécie, para não deixar rastros", destacou a reportagem. "A confissão agravará a situação do ex-presidente, que ainda não aparece como investigado no caso, apesar de a PF sugerir que ele é o beneficiário final do esquema que surrupiou joias do acervo da Presidência da República, tirou-as clandestinamente do Brasil em voos oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) e vendeu as peças valiosas nos Estados Unidos".
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