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Mensagens no celular de Mauro Cid mostram ordens de dinheiro vivo para Michelle Bolsonaro: 'a dama pediu saques'

Para a Polícia Federal, os diálogos são indícios de desvios de recursos públicos “para atendimento de interesse de terceiros a pedido da primeira-dama Michelle Bolsonaro"

Michelle, Jair Bolsonaro e Mauro Cid (Foto: Carla Carniel/Reuters | Alan Santos/Presidência da República)
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247 - Mensagens encontradas pela Polícia Federal (PF) no telefone celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), revelam como eram feitos os pedidos para saques em dinheiro vivo e pagamentos para atender os interesses e necessidades da então primeira-dama Michelle Bolsonaro. Para a PF, os diálogos apontam indícios de desvio de recursos públicos. 

As mensagens, obtidas pela coluna do jornalista Aguirre Talento, do UOL, eram enviadas ao então braço-direito de Jair Bolsonaro pelas assessoras Cintia Nogueira e Giselle Carneiro, que se referiam a Michelle como "dama" ou pela sigla "PD" [primeira-dama]. Cid foi preso pela PF no último dia 3 de maio por suspeita de participação em um esquema de fraude em certificados de vacinação.

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Nas mensagens, as assessoras forneciam dados de contas para a realização de depósitos a terceiros, transmitiam solicitações da primeira-dama para saques em dinheiro vivo, além de solicitar a realização de depósitos em espécie para a sua conta pessoal.

Nas primeiras análises do material, foram encontrados 13 comprovantes de depósitos em dinheiro feitos por Mauro Cid na conta de Michelle entre março e agosto de 2021, somando R$ 21.500. “A investigação agora analisa as quebras de sigilo bancário para identificar as transações entre 2019 e 2022, durante toda a gestão de Bolsonaro”, ressalta o UOL. As assessoras também pediam depósitos mensais para Rosimary Carneiro, titular do cartão de crédito usado pela então primeira-dama, e para familiares de Michelle.

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Um relatório da PF sobre o caso apontou que “o conjunto probatório colhido durante o estudo do material apreendido (inclusive o contido em nuvem) permite identificar uma possível articulação para que dinheiro público oriundo de suprimento de fundos do governo federal fosse desviado para atendimento de interesse de terceiros, estranhos à administração pública, a pedido da primeira-dama Michelle Bolsonaro, por meio de sua assessoria, sob coordenação de Mauro Cid". 

A defesa de Bolsonaro e Michelle nega a existência de desvio de recursos públicos e afirma que as despesas da ex-primeira-dama eram custeadas com recursos da conta pessoal do ex-mandatário.

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