Mercadante: educação pesou na melhora do IDHM
Segundo dados divulgados hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o IDHM do Brasil subiu de 0,493 para 0,727 na comparação entre os dados de 1991 e 2010, um avanço de 47,5% em duas décadas; "O indicador mais importante nessa evolução foi educação, 128% da evolução se devem à educação, foi o indicador mais forte, o que mais evolução teve", calculou o ministro da Educação Aloizio Mercadante, segundo quem "a educação é o carro-chefe dessa melhora"
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse hoje (29) que a educação foi o componente que mais contribuiu para a evolução do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil nos últimos 20 anos.
Segundo dados divulgados hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o IDHM do Brasil subiu de 0,493 para 0,727 na comparação entre os dados de 1991 e 2010, um avanço de 47,5% em duas décadas. O índice varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.
"O indicador mais importante nessa evolução foi educação, 128% da evolução [do IDHM] se devem à educação, foi o indicador mais forte, o que mais evolução teve", calculou o ministro. "A educação é o carro-chefe dessa melhora", reforçou.
O principal impacto do componente educação na composição do indicador – que também considera longevidade (saúde) e renda – se deve ao aumento do número de crianças que tiveram acesso à educação nos últimos anos, segundo Mercadante. "Quanto mais jovem, maior a evolução. Quando você olha as crianças de 5 e 6 anos, uma em cada três estava na escola há 20 anos, hoje mais de nove entre dez estão. Essa evolução é que foi muito importante", avaliou.
Apesar da melhoria dos índices, principalmente nas faixas etárias da educação básica, os números ainda mostram pouca evolução nos percentuais da população entre 18 e 20 anos que concluiu o ensino médio. Segundo Mercadante, o problema é histórico, e está ligado à falta de políticas públicas para o segmento.
"Por que é mais difícil para a população adulta ter melhores indicadores? Pelo passado", avaliou. "O desafio do Brasil é que nós partimos de uma situação muito difícil. Então, quanto mais idade tem a pessoa, menos escolaridade ela tem em relação aos mais jovens. Mas a perspectiva é muito promissora", ponderou.
O ministro disse que, para melhorar os índices também no ensino médio e entre a população com mais de 18 anos, o governo está investindo na ampliação da rede de escolas em tempo integral, na formação de professores e no Programa Nacional de acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). "Temos 3 milhões de matrículas nessa categoria e muitos jovens combinam hoje o ensino profissionalizante com o ensino regular. Isso estimula a presença e a permanência na escola", disse.
Edição: Juliana Andrade
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