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Merval está "no píncaro da devoção à causa pública"

Frase é de Carlos Ayres Britto. Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, que escreveu o prefácio do livro "Mensalão", coletânea de artigos de Merval Pereira que ajudaram a ditar os passos e os votos de diversos ministros, ele define o jornalista como uma espécie de herói da cidadania brasileira; Merval, por sua vez, diz que o ápice do "julgamento do século" foi a condenação de José Dirceu

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247 - "Merval Pereira, cidadão full time e conscientemente postado no píncaro da devoção à causa pública, entregou-se à corajosa missão de escrever os artigos, na presciência de que a Ação Penal 470 sinalizava uma virada cultural de página no nosso país". Palavras de Carlos Ayres Britto, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, no prefácio do livro "Mensalão", que acaba de ser lançado pelo jornalista Merval Pereira, colunista do jornal O Globo.

Tão polêmico quanto o livro em si é o fato de Britto, que vê Merval como um herói da cidadania brasileira, ter concordado em escrever o prefácio. Mais do que um observador isento, o colunista do Globo tem se destacado, nos últimos anos, como uma das vozes mais engajadas da oposição brasileira – a oposição, como definida por Rui Falcão, presidente do PT, que não tem rosto mas tem voz.

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Ao longo do "julgamento do século", Merval Pereira publicou diversas colunas, agora reunidas em livro, que censuraram ministros, como Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, e anteciparam comportamentos e votos de outros, como Celso de Mello e o próprio Britto. Mais do que um mero observador, ele foi, de certa forma, um regente do espetáculo.

Numa reportagem publicada no jornal O Globo deste sábado, ele falou, pela primeira vez, sobre seu segundo livro – o primeiro, também uma coletânea de artigos de jornal, lhe rendeu uma vaga na Academia Brasileira de Letras. "A leitura em conjunto dá uma dimensão mais ampla da importância do julgamento, e permite ao leitor acompanhar os movimentos políticos que giraram em torno daquele acontecimento histórico com um distanciamento que permite uma análise mais acurada", afirmou o autor.

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Segundo Merval, o grande momento foi a condenação de José Dirceu como "chefe da quadrilha". "O dia histórico sem dúvida nenhuma foi o dia em que o ex-ministro José Dirceu foi condenado, pelo simbolismo que a decisão embute: a lei existe para todos, e não há ninguém acima dela". 

O jornalista do Globo também aproveitou para censurar o ex-presidente Lula, que, segundo ele, tentou interferir no julgamento, adiando-o, mas teria sido impedido pela ação dos meios de comunicação. "A manobra foi abortada por denúncia da imprensa", disse Merval, referindo-se a uma polêmica reportagem de Veja, ancorada na suposta intimidação sofrida pelo ministro Gilmar Mendes.

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Autor do prefácio e também poeta, não será surpresa se, em breve, Ayres Britto vier a se tornar o mais novo integrante da Academia Brasileira de Letras.

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