Meyer Nigri, que repassou mensagens negacionistas sobre a covid-19, ficou 160 dias internado
O empresário, que minimizou os efeitos da covid-19, desejou a morte diante do sofrimento causado pelas complicações da doença. "Houve momentos em que, preferia estar indo embora"
247 - O empresário Meyer Nigri, dono da construtora Tecnisa e acusado pela Polícia Federal (PF) de disparar mensagens negacionistas de Jair Bolsonaro sobre a covid-19, disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que passou 160 dias internado por complicações da doença. “Foram 16 dias completamente sedado, com a ajuda de aparelhos para respirar e 38 quilos a menos. Eu era osso e pele", disse.
O empresário, que minimizou os efeitos do covid-19, desejou a morte diante do sofrimento causado pelas complicações da doença. "Foi muito difícil, um sofrimento brutal. Houve momentos em que, sinceramente, preferia estar indo embora." >>> Empresários, como Meyer Nigri, repassaram mensagens de Bolsonaro com ataques às urnas, ao STF e até propostas de guerra civil
Ao ser questionado sobre seu apoio ao presidente, Nigri elogiou Bolsonaro e disse que 'recomendou que o presidente moderasse seus discursos em algumas ocasiões e enfatizou a importância de tomar a vacina contra a Covid-19 como um exemplo para a população'.
A PF identificou que Bolsonaro encaminhou ao empresário, ao longo do ano passado, ao menos 18 mensagens contendo ataques ao Judiciário e mentiras sobre urnas eletrônicas e vacinas contra a covid-19. As mensagens eram repassadas depois a outros empresários. Uma das mensagens enviadas pelo então presidente da República cita "sangue" e "guerra civil" no caso de derrota nas eleições do ano passado.