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Militar foi infiltrado em ato por causa de revezamento da tocha, diz Exército

O Exército e o Ministério da Defesa justificaram a infiltração do do capitão Willian Pina Botelho em um grupo de manifestantes que foi detido antes mesmo de participar de ato contrária ao governo de Michel Temer, em 4 de setembro, aconteceu por conta do revezamento da tocha paralímpica, que passou pela avenida Paulista no mesmo dia, na parte da manhã.; segundo o documento, não houve infiltração, mas sim "monitoramento"; o texto é uma resposta a requerimento protocolado pelo deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), que não ficou satisfeito com as informações e pedirá mais esclarecimentos

Militar infiltrado nas manifestações contra Temer, capitão Willian Pina Botelho (Foto: Giuliana Miranda)

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247 - O Exército e o Ministério da Defesa justificaram a infiltração do do capitão Willian Pina Botelho em um grupo de manifestantes que foi detido antes mesmo de participar de ato contrária ao governo de Michel Temer, em 4 de setembro, aconteceu por conta do revezamento da tocha paralímpica, que passou pela avenida Paulista no mesmo dia, na parte da manhã. Segundo o documento, não houve infiltração, mas sim "monitoramento".  O texto é uma resposta a requerimento protocolado pelo deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), que não ficou satisfeito com as informações e pedirá mais esclarecimentos.

As informações são da Folha de S.Paulo.

"Considerando que o revezamento da tocha paraolímpica estava previsto para ocorrer na avenida Paulista no dia 4 de setembro de 16, mesmo local para onde estavam se dirigindo diversos grupos que planejavam realizar manifestações, buscou-se acompanhar as possíveis ameaças à sua realização", afirma documento assinado pelo general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, chefe de gabinete do comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas.

Na resposta, assinada em 25 de novembro, Paiva confirma a ação, mas diz não se tratar de uma "infiltração", mas de "monitoramento". "Não há que se falar em infiltração, uma vez que o grupo que foi preso, naquela data, não era uma organização criminosa, mas sim de livre adesão. Manifestava-se de maneira ostensiva no ambiente cibernético e nas ruas, podendo receber tantos e quantos fossem os interessados em participar."

O militar negou que tenha havido uma ação conjunta com a Secretaria de Estado da Segurança Pública. Segundo o documento, ainda, a operação se deu de maneira legítima, "dentro dos limites de extensão da atividade de inteligência".

De acordo com ele, não há violação de direitos "ao dar a aparência de aderir à conduta do grupo, nem observar suas ações em tudo aquilo que faz de maneira ostensiva" e não foram implantadas escutas clandestinas ou grampos telefônicos.

Segundo Ivan Valente, as respostas apresentadas pelo general "não são satisfatórias". "Dizem que é um 'monitoramento', mas é muito mais sério do que isso, há relatos desse mesmo militar participando de reuniões da Mídia Ninja e dos movimentos sem-teto", afirmou à Folha nesta quarta-feira (21)."

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