Ministro do Meio Ambiente quer deixar fiscais do Ibama a pé?
Hipótese foi levantada de forma irônica pelo Observatório do Clima, rede de organizações não governamentais que trabalham por políticas e práticas para o combate e a adaptação à mudança do clima, que explica os R$ 28,7 milhões utilizados pelo órgão para aluguel de veículos no período de um ano, e que foi questionado pelo ministro Ricardo Salles; "O Ibama fez um ótimo negócio: R$ 200 por dia por carro + seguro, combustível e reposição quando a turma queima os veículos no Pará (acontece). Uma picape como as do Ibama alugada na Localiza custa R$ 348 por dia, sem seguro ou diesel", diz a rede
247 - ˜A menos que a intenção seja deixar os fiscais do Ibama a pé e eliminar a fiscalização, o que dificilmente seria o caso, parece que o ministro @rsallesmma gastaria melhor seu tempo com outros assuntos, como combater o desmatamento, que está subindo", sugeriu ironicamente, pelo Twitter, o Observatório do Clima, rede de organizações não governamentais que trabalham por políticas e práticas para o combate e a adaptação à mudança do clima.
A entidade explica pela rede social o contrato de R$ 28,7 milhões do Ibama, vigente de 7 de dezembro de 2018 a 7 de dezembro de 2019, para alugar veículos que serão utilizados pelo órgão e que foi questionado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, neste domingo 6 em seu perfil na rede social.
"O Ibama fez um ótimo negócio: R$ 200 por dia por carro + seguro, combustível e reposição quando a turma queima os veículos no Pará (acontece). Uma picape como as do Ibama alugada na Localiza custa R$ 348 por dia, sem seguro ou diesel", detalhou ainda o Observatório do Clima. Em resposta à postagem de Salles, a entidade lembrou que "o Brasil tem 8,5 milhões de km2" e comparou o Brasil com a Alemanha. "O Ibama gasta ao ano R$ 3,3 milhões com veículos para fiscalizar cada milhão de km2 do território nacional. É como se a Alemanha gastasse 230 mil euros por ano para fiscalizar todo o seu território".
Salles criticou o alto valor do contrato, sem indicar se haveria ou não uma irregularidade no contrato. Horas depois ter causado a polêmica, publicou: "Não levantei suspeita sobre o contrato, apenas destaquei seu valor elevado, conforme meus esclarecimentos na própria postagem. O valor elevado também foi questionado pelo TCU desde abril e, portanto, não precisava ser assinado a dez dias da troca de governo".
Em cima da postagem de Salles em que criticava o valor, Bolsonaro fez uma acusação bem mais contundente. "Etamos em ritmo acelerado, desmontando rapidamente montanhas de irregularidades e situações anormais que estão sendo e serão comprovadas e expostas. A certeza é; havia todo um sistema formado para principalmente violentar financeiramente o brasileiro sem a menor preocupação". O presidente apagou a publicação.
Depois do episódio, a presidente do Ibama, Suelly Araújo, pediu demissão. Ela já seria substituída pelo indicado pelo governo Bolsonaro para o cargo, mas decidiu sair antes da troca oficial.
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