Morgan Freeman apoia o Dia da Consciência Negra e luta antiracista, mas bolsonaristas ignoram o fato
Há mais de uma década, frase do ator rejeitando a data viraliza nas redes sociais; recentemente, artista declarou que não sustenta a mesma opinião
247 - Há mais de uma década, a cada 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, uma frase proferida pelo ator Morgan Freeman em 2005 aparece como um dos assuntos mais comentados em redes sociais no Brasil. A informação é do jornal O Globo.
Na ocasião, em entrevista ao programa "60 minutes" (veja trecho abaixo), com Mike Wallace, Morgan Freeman afirmou que considera "rídiculo" o fato de existir um mês para a Consciência Negra e argumentou que, para se combater o racismo, era melhor não falar sobre o assunto."E como podemos acabar com o racismo sem ele (o mês da consciência negra)?", indagou o entrevistador. Morgan Freeman respondeu: "Pare de falar sobre isso. Vou parar de chamá-lo de branco. E vou pedir que pare de me chamar de negro. Eu conheço você como Mike Wallace. Você me conhece como Morgan Freeman. Você não vai dizer 'Eu conheço um cara branco chamado Mike Wallace'. Está ouvindo o que estou dizendo?", frisou o ator.
Nesse mesmo programa, Morgan Freeman disse que "o dia em que deixarmos de nos preocupar com consciência branca, negra ou amarela e nos preocuparmos com consciência humana, o racismo deixará de existir".
Embora Freeman já tenha declarado que mudou de opinião e que não sustenta os mesmos pensamentos, o vídeo continua a ser compartilhado nas redes sociais, principalmente por bolsonaristas, incluindo a atriz Regina Duarte, que compartilhou o vídeo e reivindicou o “dia da consciência branca”.
O ator mudou sua concepção sobre a luta antiracista nos últimos anos. Vale lembrar que, em 2020, ao aderir ao movimento Black Lives Matter, Freeman passou a compartilhar, em suas redes sociais, relatos de seguidores sobre experiências com o racismo. "Dedicarei minha plataforma para amplificar sua voz", convocou o ator aos internautas, à época: "Sendo um contador de histórias, acho importante defender cada uma das vozes únicas uns dos outros".
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
