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Moro é mais perigoso do que Bolsonaro, diz Magnoli

"A decisão monocrática do ministro do STF —um desafio a seu pares, ao Congresso e à separação de Poderes— atesta a confiança nele depositada. Mais que isso: ilumina os contornos do Partido de Moro", afirma Demétrio Magnoli

Jair Bolsonaro e Sérgio Moro (Foto: Carolina Antunes/PR)

247- "A democracia traça uma fronteira nítida entre as esferas da Justiça e da política. Moro saltou, legitimamente, de uma a outra para, ilegitimamente, demolir a muralha que as separa. Bolsonaro, o nostálgico da ditadura militar, o adulador de torturadores, é um inimigo declarado da democracia. O inimigo dissimulado talvez revele-se mais perigoso", afirma o sociólogo Demétrio Magnoli em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo.

O artigo tratou sobre a decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, que suspendeu por tempo indeterminado a aplicação do juiz das garantias. Magnoli diz que a decisão do ministro "deve ser decifrado como elemento da campanha presidencial de Sergio Moro".

"A decisão monocrática do ministro do STF —um desafio a seu pares, ao Congresso e à separação de Poderes— atesta a confiança nele depositada. Mais que isso: ilumina os contornos do Partido de Moro", avalia.