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Mourão: fim do governo Bolsonaro foi 'melancólico' e Mauro Cid é a 'parte mais fraca' das investigações sobre trama golpista

"Tínhamos que ter reconhecido a derrota", disse o senador e ex-vice-presidente

Hamilton Mourão (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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247 - O senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) disse que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), é a “parte mais fraca” no âmbito das investigações da Polícia Federal sobre uma trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou que o fim do governo Bolsonaro foi “melancólico”.

“Cid é a parte mais fraca neste processo. É um oficial jovem, brilhante, que conheço desde criança [...] Tinha uma carreira extraordinária e estava pronto para ir para os Estados Unidos fazer um curso, quando Bolsonaro o chamou para ser ajudante de ordem”, disse Mourão em entrevista ao UOL nesta segunda-feira (11).

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Na entrevista, Mourão - que é general da reserva do Exército - disse que não concordava com as “funções políticas” assumidas por Cid. “Ele teve uma série de funções que lhe foram dadas, que não concordava por ele ser um oficial da ativa participando de atividades políticas”, destacou.

O senador também defendeu o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, que, segundo ele, manteve a coesão da Força. “Freire Gomes assumiu o comando do Exército em 2022, já no tumulto da comissão junto do TSE, e ele procurou manter o Exército unido em um momento de 'disse me disse'. Acho que ele foi bem-sucedido nisso”, ressaltou. >>> 'A carreira de Mauro Cid no Exército acabou', diz general sobre futuro do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

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Em depoimento à PF, Freire Gomes e o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Baptista Júnior, contaram detalhes sobre a articulação de Jair Bolsonaro e aliados próximos visando um golpe de Estado. Eles confirmaram que participaram de uma reunião convocada pelo então mandatário para discutir uma minuta de um decreto golpista. >>> Mauro Cid presta novo depoimento à PF nesta segunda-feira

Mourão também disse não acreditar na suposta tentativa golpista investigada pela PF. "Tentativa de golpe é como Hugo Chávez fez em 1992, na Venezuela, quando mobilizou a tropa dele, atacou o palácio presidencial e atacou a residência do presidente da República. Isso é uma tentativa de golpe. O resto é só discussão”,afirmou. “Golpe, para mim, não tem minuta [...] Se o presidente iria me apresentar, ou não, julgo que esse assunto, como nunca foi discutido, não tenho como chegar e dizer que ia olhar e ler. Não tratamos disso”, completou.

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Questionado sobre o fim do governo Bolsonaro, Mourão disse que o fim do governo Bolsonaro foi “melancólico” e que a derrota deveria ter sido admitida. “Acho que o governo teve coisas muito boas e, no final, teve esse fim que considero melancólico. Não fiquei satisfeito com o final do nosso governo”, lamentou.

“Tínhamos que ter reconhecido a derrota. Perdemos por pouco, mas perdemos. Tinha que ter dado uma resposta clara: perdemos agora, mas vamos melhorar para voltar mais forte em 2026. Acho que isso é do jogo democrático”, completou mais à frente.

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