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Brasil

Mourão faz mea culpa sobre crise com Sínodo da Amazônia: papa não é inimigo

Vice-presidente, general Hamilton Mourão, tentou colocar panos quentes nos ataques do governo Jair Bolsonaro quanto a realização do Sínodo da Amazônia. “Em nenhum momento o governo brasileiro pode julgar o papa como um inimigo", disse

Assessor de Mourão é alvo de quebra de sigilo na investigação de Flávio (Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)
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Rafael Belincanta, correspondente da RFI em Roma - O vice-presidente Hamilton Mourão chegou a Roma nesta sexta-feira (11) para chefiar a delegação do governo federal que vai participar da canonização da irmã Dulce neste domingo (13), no Vaticano. Ao ser questionado sobre as denúncias do Sínodo da Amazônia, Mourão afirmou que “em nenhum momento o governo brasileiro pode julgar o papa como um inimigo".

"O governo brasileiro e a Igreja Católica andam lado a lado”, declarou durante uma coletiva aos jornalistas na embaixada do Brasil na Itália.

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Mourão disse ainda que o Sínodo tem um viés político, apesar de ter sido convocado pela Igreja. “Fazemos política o tempo todo. Óbvio que a questão do Sínodo tem como pano de fundo a Amazônia e alguns dos dogmas da Igreja Católica estão em discussão. A questão da ecologia integral é a grande discussão do século 21 e é responsabilidade do governo brasileiro proteger a Amazônia, e de mais ninguém. Não queremos ser conhecidos como governo motosserra ou que não defende os direitos humanos”, acenou.

Demarcação de novos territórios indígenas

Uma das principais denúncias dos índios brasileiros durante o Sínodo da Amazônia é a paralisação na demarcação de novos territórios indígenas. Mourão afirmou que os processos seguirão parados por tempo indeterminado.

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“O Brasil tem 14% de terras indígenas demarcadas, é uma quantidade expressiva. A visão do presidente Bolsonaro é que o que está demarcado tem que ser protegido. Temos muita dificuldade em proteger e controlar aquilo que nós temos, só depois disso podemos saber se é o caso de novas demarcações”, afirmou.

A agenda do vice-presidente no Vaticano conta ainda com uma audiência com o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, na próxima segunda-feira (14). “Não recebi nenhuma determinação do presidente para convidar o papa a uma nova visita ao Brasil”, adiantou. Contudo, Mourão acenou para uma possível visita de Bolsonaro à Itália em 2020 em que o presidente poderia ser também recebido por Francisco. “É fundamental esse encontro entre o presidente e o papa”, declarou.

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O elevado número de autoridades brasileiras que participará da missa no Vaticano tem gerado controvérsias sobre o uso excessivo de verbas públicas. Um levantamento realizado por El País Brasil mostrou que o gasto com diárias para servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário será de 186 mil reais, sem contar gastos com deslocamentos e hospedagem.

Mourão informou que a delegação do Planalto é constituída somente por 14 pessoas.

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Itália

Na terça-feira (15), o vice-presidente brasileiro encontrará o presidente italiano Sergio Mattarella e o premiê Gseppe Conte. Na agenda constam ainda reuniões com empresários de multinacionais italianas, entre elas Pirelli e Enel. “Tenho absoluta certeza que continuaremos com esse trabalho de cooperaçãosinod com o governo italiano para um benefício mútuo, uma relação em que ambos tenham resultados positivos”, declarou.

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