MP abre investigação contra procurador da Lava Jato acusado de receber propina
O Ministério Público Federal abriu investigação para apurar sobre propinas pagas ao procurador Januário Paludo, integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato. Antigo membro da Lava Jato, Pauldo é apontado como conselheiro do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, e próximo do ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro.

247 - Já está em curso a investigação sobre o pagamento de propinas ao procurador da Operação Lava Jato, Januário Paludo.
A apuração começou com um relatório da Polícia Federal, de outubro, sobre mensagens trocadas entre o doleiro Dario Messer e sua namorada.
As mensagens citam que foi paga propina ao procurador Paludo para proteger o doleiro. O relatório da PF foi enviado à PGR (Procuradoria-Geral da República) para adoção de providências. Integrantes do órgão avaliaram o caso como gravíssimo.
A Corregedoria do Ministério Público Federal instaurou uma sindicância para apurar as mesmas suspeitas do ponto de vista ético-disciplinar.
Dario Messer, conhecido como “o doleiro dos doleiros”, é um dos que devem ser ouvidos na investigação penal no STJ. Outros nomes que acusam a Lava Jato de praticar desvios também poderão ser chamados a depor, como o advogado Rodrigo Tacla Duran, conforme apurou a reportagem do jornalista Reynaldo Turollo Jr. da Folha de S.Paulo.
Nas conversas obtidas pela PF, o doleiro dos doleiros Messer diz à sua namorada que uma das testemunhas de acusação contra ele teria uma reunião com Paludo, e acrescenta: “Sendo que esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo mês”.
Para a PF, ainda de acordo com a reportagem do UOL, os “meninos” mencionados por Messer são Claudio Fernando Barbosa de Souza, o Tony, e Vinicius Claret Vieira Barreto, o Juca, suspeitos de atuar com o doleiro em operações de lavagem de dinheiro investigadas pela Lava Jato do Rio.
Paludo está na Operação Lava Jato em Curitiba desde o seu início, em 2014. Ele é apontado como conselheiro do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, e próximo do ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro.
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