MPF denuncia Dirceu e Duque por suspeita de receber propina
O ex-ministro José Dirceu (PT) e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque foram denunciados nesta segunda (27) sob suspeita de terem recebido propina por um contrato de tubulação da estatal; outras cinco pessoas também são acusadas de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa
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247 - O ex-ministro José Dirceu (PT) e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque foram denunciados nesta segunda-feira (27) sob suspeita de terem recebido propina por um contrato de tubulação da estatal. Outras cinco pessoas também são acusadas de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A ação é resultado da 30ª fase da Operação Lava Jato.
De acordo com o MPF, Duque ajudou uma empresa de tubos a fechar um contrato com a Petrobras, em troca de R$ 7 milhões em propina. Os procuradores dizem que o contrato deveria custar R$ 255.798.376, para o fornecimento de tubos para a estatal. No entanto, com a intervenção de Duque, o valor final pago chegou a R$ 450.460.940,84.
Segundo a denúncia, os donos da empresa Apolo Tubulars procuraram o empresário Júlio Camargo, com o objetivo de negociar com a estatal. Eles sabiam do trânsito que Camargo tinha com a diretoria da Petrobras. Camargo então os apresentou a Duque, que teria solicitado a propina. De acordo com a denúncia, Duque foi indicado para o cargo na Petrobras pelo PT. Ele atuava na Diretoria de Serviços da estatal.
Os procuradores dizem que Júlio Camargo intermediou toda a negociação e recebeu o dinheiro em nome de Duque. Conforme a denúncia, ao final da transação, o ex-diretor da Petrobras solicitou a Camargo que repassasse ao ex-ministro da Casa Civil a parte que lhe cabia de propina. Segundo os cálculos do MPF, Dirceu teria recebido cerca de R$ 2,1 milhões.
No entanto, Dirceu não teria recebido todo o dinheiro em espécie. Os procuradores acreditam que, em vez disso, Camargo custeou despesas do uso de duas aeronaves para o ex-ministro. A outra parte, num total de R$ 688 mil, foram pagos por um falso contrato, cujas parcelas foram quitadas entre março e julho de 2012.
O MPF ainda solicitou que os denunciados paguem R$ 25,6 milhões.
Os denunciados:
Carlos Eduardo de Sá Baptista (administrador da Apolo Tubulars) - Corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Eduardo Aparecido de Meira (dono da construtora Credencial) - lavagem de dinheiro
Flávio Henrique de Oliveira Macedo (sócio da construtora Credencial) - lavagem de dinheiro
José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil) - lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (irmão de José Dirceu) - lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Paulo César Peixoto de Castro Palhares (administrador da Apolo Tubulars) - corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa
Renato de Souza Duque (ex-diretor de Serviços da Petrobras) - lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
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