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MST: chacina em Mato Grosso não é fato isolado

Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) condenou o assassinato de nove trabalhadores rurais em uma área rural do distrito de Guariba, no Mato Grosso, nessa quinta-feira, 20; "Mato Grosso chora por saber que há outras mortes anunciadas, e que nada esta sendo encaminhado no sentido de impedir essas novas tragédias, o Brasil chora pela repetição desses ocorridos, que marcam o mês de abril", diz o MST em nota

Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) condenou o assassinato de nove trabalhadores rurais em uma área rural do distrito de Guariba, no Mato Grosso, nessa quinta-feira, 20; "Mato Grosso chora por saber que há outras mortes anunciadas, e que nada esta sendo encaminhado no sentido de impedir essas novas tragédias, o Brasil chora pela repetição desses ocorridos, que marcam o mês de abril", diz o MST em nota (Foto: Aquiles Lins)
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247 - O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) condenou o assassinato de nove trabalhadores rurais em uma área rural do distrito de Guariba, no Mato Grosso, nessa quinta-feira, 20. 

Segundo o MST, a chacina não é um fato isolado. "Os dados têm mostrado a região onde o município se localiza como um dos mais violentos do Estado de Mato Grosso, que é um dos estados mais violento do Brasil. Como já demonstra o Cadernos de Conflito no Campo, lançado pela CPT no dia 17 de abril de 2017", diz o movimento em nota. 

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"Essa onda de violência integra um avanço do modelo capitalista sobre os direitos dos trabalhadores sobre a apropriação dos recursos naturais, terra, minerais, água e etc. Avanço este potencializado pelo golpe que o Brasil esta vivendo, e por projetos de lei como a PEC 215 que dispõem sobre terras indígenas e quilombolas, a MP759 que dispõem sobre a reforma agrária e a PL 4059 sobre a compra de terras por estrangeiros, além de outra gama de projetos de lei e medidas provisória que não são criados no sentido de resolver os problemas do campo, mas de aumentar a concentração fundiária", diz o MST.

Segundo informações da Polícia Judiciária do Mato Grosso, os corpos dos nove trabalhadores já chegaram ao município de Colniza, onde vão passar por perícia e identificação. De acordo com o órgão, os corpos são de homens adultos e, portanto, não há crianças entre os mortos, como havia sido divulgado anteriormente. Três vítimas eram do estado de Rondônia e três do próprio distrito de Guariba. A procedência das demais vítimas ainda está sendo verificada (leia mais).

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Leia na íntegra a nota do MST:

"Para dividir a terra tanto sangue derramado. Na luta por um pedaço de chão

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A tragédia anunciada e concretizada na manhã do dia 20 de abril, em Colniza interior de Mato Grosso, não é um fato isolado, os dados têm mostrado a região onde o município se localiza como um dos mais violento do Estado de Mato Grosso, que é um dos estados mais violento do Brasil. Como já demonstra o Cadernos de Conflito no Campo, lançado pela CPT no dia 17 de abril de 2017.

Essa onda de violência integra um avanço do modelo capitalista sobre os direitos dos trabalhadores sobre a apropriação dos recursos naturais, terra, minerais, água e etc. Avanço este potencializado pelo golpe que o Brasil esta vivendo, e por projetos de lei como a PEC 215 que dispõem sobre terras indígenas e quilombolas, a MP759 que dispõem sobre a reforma agrária e a PL 4059 sobre a compra de terras por estrangeiros, além de outra gama de projetos de lei e medidas provisória que não são criados no sentido de resolver os problemas do campo, mas de aumentar a concentração fundiária.

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Essa concentração que leva ao extermínio da biodiversidade, dos recursos naturais e das pessoas nas chamadas áreas de fronteiras.

Colniza hoje chora a morte e o desaparecimento dessas pessoas abandonadas pelo Estado, como a dois anos choraram a morte de Josias Paulino de Castro e Irani da Silva Castro – dirigentes camponeses do município, assassinados dois dias após denunciar ameaças para o ouvidor nacional do INCRA. Mato Grosso chora por saber que há outras mortes anunciadas, e que nada esta sendo encaminhado no sentido de impedir essas novas tragédias, o Brasil chora pela repetição desses ocorridos, que marcam o mês de abril. Tragédias como El Dourado dos Carajás que dia 17 completou 21 anos de impunidade, e que deixa a sensação de que trabalhadores podem ser assassinados que nada acontecerá aos mandantes. Assim como tantas outras mortes, não divulgadas.

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Não podemos nos calar diante de tão grande dor, que nossa indignação alcance os responsáveis diretos e indiretos por este massacre, e que este não seja mais um caso de impunidade e que o estado não seja novamente conivente com os assassinos.

A cada companheiro tombado, nenhum minuto de silencio, mas toda uma vida de luta.

*MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA*"

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