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"Nas relações internacionais, a paz é uma concessão do mais forte", diz Etchegoyen

"A Europa estava submetida à paz que interessava à Otan e aos EUA. Não era a paz que interessava à Rússia e a Putin", disse o general

Sérgio Etchegoyen, guerra na Ucrânia e Putin (Foto: Anderson Riedel/PR | Reuters)
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247 – O general Sérgio Etchegoyen, que foi ministro de Michel Temer, fez uma análise realista sobre a ação militar da Rússia contra a Ucrânia, em entrevista ao site Forças da Defesa. "A paz, estado de harmonia, como a gente imagina, não é fruto da generosidade humana entre os países. É uma concessão do mais forte. Ele concede a paz nas condições que lhe convém. A Europa estava submetida à paz que interessava à Otan e aos EUA. Não era a paz que interessava à Rússia e a Putin. Era uma paz que empurrava os meios da Otan em direção às fronteiras russas, numa ameaça permanente. Esse estado de paz, quando é desequilibrado, aparecem as disputas e os conflitos por um novo status, para reescrever a paz segundo as circunstâncias novas, e Putin tenta impor a paz que lhe interessa, que é uma paz com as armas longe da fronteira dele, é uma paz com a Ucrânia submetida a ele política e militarmente, e é isso que eles estão fazendo", disse ele.

"O Putin, pressionado pela Otan, adotou um ato de guerra, tem vidas sendo perdidas, isso é uma tragédia. Mas o objetivo da guerra é sempre a paz. Ninguém faz guerra para fazer guerra, faz uma guerra para modificar o status e reivindicar condições que lhe convenham. É isso que o Putin está tentando, e quem sofre com isso é a população", prosseguiu.

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Na entrevista, o general traçou um paralelo com a crise dos mísseis, que ocorreu em 1962. "Incomodaria a qualquer um. Imagina que começassem colocar armas nucleares, mísseis e blindados na nossa fronteira. Isso não quer dizer que eu esteja justificando a ação de violência de Putin", afirmou. 

O general também previu um desfecho favorável à Rússia. "Não tem negociação. Ele [Putin] vai impor a paz que ele quer. A Ucrânia já foi entregue. Putin vai trabalhar para o presidente (ucraniano) cair. Ele coloca um representante simpático à política russa. Ocupa militarmente para, alegadamente, dar proteção às duas repúblicas pequenas, que ele reconheceu, faz um acordo militar com a Ucrânia, deixando tropa russa na Ucrânia, e retorna à política que já foi soviética de deixar um cinturão de países satélites, de segurança da Rússia", finalizou.

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