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O bullying como álibi

Ananias dos Santos foi preso pelo assassinato das irms Josely, 16, e Juliana, 17, em Cunha; depois, disse ser vtima de assdio

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247 – A banalização da violência fez mais duas vítimas inocentes e revelou a face de um novo assassino. Preso nesta terça-feira 11 quando dormia na casa dos pais, na zona rural do município de Cunha, no interior de São Paulo, Ananias dos Santos, 27 anos, confessou ter matado a tiros as irmãs Josely, de 16 anos, e Juliana de Oliveira, 15. Ele utilizou no crime uma carabina calibre 22 milímetros, cujo cano tem quase um metro de cumprimento, que foi encontrada pela polícia sem munição. A capacidade da arma é de 16 tiros. A polícia já suspeita da participação de uma segunda pessoa no assassinato: a enfermeira de nome Maria José, namorada dele. Ao ser preso, depois de dar diferentes versões sobre o crime, Ananias teve a capacidade de alegar que fora ofendido pelas garotas, o que o teria levado a matar. Procurou, nitidamente, pegar carona na onda do bullying – o assédio moral entre adolescentes.

Estudantes, as irmãs Josely e Juliana estavam desaparecidas desde a quarta-feira 6 e tiveram seus corpos encontrados num matagal próximo da cidade na segunda-feira 10. O assassino confesso era foragido do presídio de Tremembé, onde cumpria pena por roubos praticados entre 2002 e 2003. Ananias fugiu da cadeia valendo-se da saída temporária de Páscoa, em 2009. Ele tem uma tatuagem no braço que indica sua participação na gangue chamada ‘irmãos metralha’, que praticava assaltos na região.

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A justificativa do crime, se se pode chamar assim a declaração do bandido à polícia, foi deslavada. Ele afirmou que era apaixonado pela garota Juliana. A irmã Josely, porém, o chamava de “caipira” e “fedido”. Mais tarde, a própria Juliana passou a dirigir-se a ele nos mesmos termos. As duas, que moravam com os pais, freqüentavam a escola e jamais haviam se envolvido em qualquer incidente policial, eram vizinhas do local que Ananias utilizava para se esconder da Justiça – a casa de seus próprios pais, na zona rural de Cunha.

Apesar de tentar se mostrar vítima de bullying – o assédio moral que se dá entre adolescentes -, Ananias contou à polícia a versão de um crime frio e estudado. Ele seqüestrou as duas irmãs no ponto do ônibus que elas desciam na volta da escola. Sob a mira da carabina, andou com elas pela mata por cerca de sete quilômetros, quando, então, praticou os dois homicídios. Depois, ocultou os cadáveres, escondeu a arma debaixo de uma pedra e fugiu para uma cidade vizinha, tendo voltado quando considerou que a situação estaria mais a seu favor. Na procura pelas irmãs mortas, a polícia paulista usou helicópteros e cães farejadores, mas mesmo assim precisou de quando cinco dias inteiros para descobrir o local em que os corpos delas foram ocultados. “A distância que eles andaram foi muito grande para que elas não tentassem fugir sabendo que iriam para o sacrifício”, afirmou o delegado Homero Vilela, que comandou a equipe que efetuou as prisões. “Mais alguém ajudou”. As investigações, agora, vão se concentrar na enfermeira Maria José, que namorava Ananias.

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Ele, por seu lado, mostrou-se na polícia como um legítimo mentiroso. Primeiro afirmou que jogara a arma do crime num rio, mas em seguida confessou que escondera a carabina sob uma pedra. Ele foi indiciado por duplo homicídio por motivo fútil, sem chance de defesa para as vítimas e ocultação de cadáveres.

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