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O desnecessário Novo Acordo Ortográfico

Se a discordância sobre a mudança nas regras da língua portuguesa está presente até na Academia, imagine entre os cidadãos

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Em 1990, fora assinado por quase todos os países que possuem a Língua Portuguesa como idioma oficial - Timor-Leste aderiu ao acordo apenas em 2004 – um documento que preconizava uma lei ortográfica que unificasse o português entre os membros da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Já em 2008, quando tudo ocorria de forma satisfatória, passou a vigorar o tão temido novo acordo ortográfico.

Com mudanças desnecessárias e incongruentes, o que é afirmado por muitos professores e especialistas, o novo acordo altera regras como a definitiva exclusão do trema da Língua Portuguesa e algumas modificações na forma de utilizar o hífen. Ademais, mesmo que tais normas fossem de fácil entendimento, diversas pessoas estão agindo com alguma relutância para com estas, visto que esses mesmos indivíduos já estiveram em uma sala de aula, porém aprendendo com a ortografia antiga.

Em meio a uma bagagem fatídica, o novo acordo ainda peca em suas bases. Quando deliberado pelos membros da CPLP, não houve por parte desses nem o devido bom senso de discutir e indagar especialistas e docentes sobre tal repercussão. Apenas foi ditado. É o que afirma o professor e autor de diversos livros Ernani Pimentel: "Só duas pessoas discutiram o acordo, não foram duas academias". E se tantos acadêmicos ainda discordam de tal decisão, é inevitável a discrepância de opiniões entre os cidadãos.

Senadores que integram a Comissão de Educação, Cultura e Esporte acreditam que parte da dificuldade de adesão dos brasileiros às novas regras é culpa da falta de debate em torno do tema. De certo modo, sim. Está havendo uma precarização nos debates que circundam esse novo acordo. Mas não culpo as instituições de ensino. Devidos especialistas acreditam que é impossível o Brasil falar fluentemente a Língua Portuguesa, uma vez que há muitas regras, e pelo andar da carruagem elas só tendem a piorar. Tanto que o governo adiou a implementação única e oficial deste, respaldado pela desculpa de que é preciso ajustar o prazo brasileiro com o de Portugal.

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