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O eleitor quer saber: o que é fascismo?

Quem mostra o interesse do eleitor para entender ou descobrir "O que é fascismo?" é o Google Trends, ferramenta que exibe os termos mais procurados no buscador. Nos últimos sete dias, tanto nas buscas relacionadas ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) como nas de Fernando Haddad (PT), a terceira pergunta mais digitada foi: "O que é fascismo?". Com um candidato como Jair Bolsonaro no páreo, a relação é evidente

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247 - Quem mostra o interesse do eleitor para entender ou descobrir "O que é fascismo?" é o Google Trends, ferramenta que exibe os termos mais procurados no buscador. Nos últimos sete dias, de 18 a 25 de outubro, tanto nas buscas relacionadas ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) como nas de Fernando Haddad (PT), a terceira pergunta mais digitada foi: "O que é fascismo?". Analisando o histórico de busca por essa pergunta nos últimos 12 meses, vê-se um aumento a partir do início da campanha, em setembro. E, com um candidato como Jair Bolsonaro no páreo, a relação é evidente.

Breno Altman, editor do site Opera Mundi e articulista no Brasil 247, detectou a ameaça fascista no Brasil em abril de 2018, durante os ataques à caravana do ex-presidente Lula, no artigo De onde vem o perigo do fascismo?:

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"Grupos de sicários, vinculados à ultradireita, muitos desses aparentemente recrutados nas fileiras policiais, passam a agir como braço armado do ódio contra as correntes progressistas e democráticas, tentando intimidá-las, forçando-as ao recuo na disputa de projetos e classes que divide o país. Não se trata de novidade histórica. O recurso à violência, adotando-a como ferramenta de hegemonia, é um dos traços típicos do fascismo. Na ascensão de Mussolini e de Hitler, por exemplo, o papel dos camisas negras e pardas foi essencial, ao menos em três planos: a atemorização de seus adversários, a mobilização de hordas antissistema e a construção de autoridade político-militar."

Já na última semana, dois textos sobre o assunto publicados no Brasil 247 mostram a relevância e a conexão direta do tema com as eleições presidenciais. Na coluna A derrota do fascismo de Bolsonaro será a derrota do sistema, o articulista Jeferson Miola também volta ao passado e recorre a Adolph Hitler para explicar:

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"Repete-se, no Brasil do século 21, a experiência da Alemanha de 1933, quando as frações da classe dominante, cegadas pelo delírio, sucumbiram a Hitler e ao hitlerismo, abrindo as portas do inferno que tragou o sistema político-institucional alemão. Nada parece despertar o instinto de auto-preservação do sistema. Nem mesmo as ameaças totalitárias e sanguinárias antecipadas pelos milicianos nazi-bolsonaristas, que prometem fechar o STF e perseguir para assassinar os oponentes do fascismo. Esses anúncios repugnam o mundo civilizado, mas não comovem a abastardada oligarquia brasileira. É acintosa a conivência do tribunal eleitoral diante da fraude da eleição e da manipulação grosseira financiada por empresários corruptos com milhões de reais de caixa 2."

Conforme colocado por Jeferson Miola, os anúncios de Jair Bolsonaro repugnam o mundo civilizado. Não por acaso, mais de 30 intelectuais, incluindo ex-chefes de estado e políticos do mundo todo, elaboraram um documento em defesa da democracia e que expressa "o mais profundo repúdio ao candidato de extrema-direita, Jair Bolsonaro". Entre os signatários estão nomes como Vicente Fox, Bernie Sanders, François Holande, Jorge Castañeda, Martin Schulz, Tariq Ali, Felipe Gonzalez e Noam Chomsky. O articulador das assinaturas foi o argentino Adolfo Pérez Esquivel, Nobel da Paz em 1980.

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"As posições que o candidato tem sustentado ao longo de sua vida pública e nesta campanha eleitoral são calcadas em valores xenófobos, racistas, misóginos e homofóbicos. O candidato de extrema-direita defende abertamente os métodos violentos utilizados pelas ditaduras militares, inclusive torturas e assassinatos. Tais posições atentam contra uma sociedade livre, tolerante e socialmente justa. A decisão que o povo brasileiro tomará no segundo turno das eleições presidenciais constituirá uma escolha de transcendental importância entre a liberdade e o pluralismo e o obscurantismo autoritário, com impactos duradouros não só para o Brasil mas para toda a América Latina e Caribe e o mundo.", aponta trecho do texto.

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