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O que Ophir diz dos outros e o que diz de si próprio

Organizador das marchas contra a corrupo, o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, considera normal receber, do povo paraense, R$ 20 mil mensais sem trabalhar h 13 anos; ser a lgica do faa o que eu digo, no faa o que eu fao?

O que Ophir diz dos outros e o que diz de si próprio (Foto: AGÊNCIA BRASIL)
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247 – Catão da República, que esteve presente, como orador, em várias marchas contra a corrupção, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, está sendo chamado a prestar explicações. Reportagem deste domingo, da Folha de S. Paulo, revela que ele recebe R$ 20 mil mensais sem trabalhar, já há 13 anos, do governo do Pará, como procurador licenciado. Ao todo, ele já embolsou R$ 1,5 milhão sem dispender uma gota de suor.

Segundo Ophir, a remuneração por essa licença remunerada é legal, uma vez que foi autorizada pelo procurador-geral do Estado do Pará. Além disso, ele afirma não poder prescindir do pagamento, uma vez que o cargo da OAB não é remunerado, muito embora ele seja dono de uma prestigiada banca de advocacia.

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Seja como for, a régua que Ophir usa para medir seu padrão de conduta é bem distinta da que ele aplica a desafetos políticos.

Quando o ex-ministro Antonio Palocci foi acusado de engorda patrimonial, Ophir foi um dos primeiros a se manifestar contra o ex-ministro da Casa Civil. “Temos sempre que questionar os homens públicos sobre sua atuação e o patrimônio acumulado”, disse ele, à época. “O governo deveria ser o primeiro a mostrar para a sociedade que Palocci não tem nada a esconder”, complementou.

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Tempos depois, quando chegou a vez de Wagner Rossi, da Agricultura, a OAB também foi implacável. “A sociedade está dando à presidente Dilma a oportunidade de fazer uma ampla faxina ética e política”. Em seguida, o próprio Ophir se tornou um dos organizadores das marchas contra a corrupção, em vários estados brasileiros. “Marcha contra a corrupção é contra os políticos de rabo preso”, disse ele.

Com a revelação de que o presidente da OAB é um marajá sustentado pelos contribuintes do Pará, um dos estados mais pobres e mais desiguais do Brasil, ele perdeu a legitimidade para atacar quem quer que seja (leia mais aqui).

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