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Brasil

O valor de se andar pela contramão

Estamos próximos do carnaval e não precisa ser vidente para saber que se repetirão as mesmas cenas de todos os anos: sofrimento de quem quer curtir a folga e mortes nas estradas

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Não, não se trata de um incentivo de desrespeito ao Artigo 186 do Código de Trânsito Brasileiro. Andar na mão correta do trânsito é prudente e fundamental.

"Malandro que é malandro vai pro Norte enquanto os patos vão pro Sul". Os versos do cantor e compositor Zeca Baleiro na música 'O Hacker' sintetizam a afirmativa do título do presente texto. Estamos próximos ao feriadão do carnaval e não precisa ser vidente para saber que se repetirão as mesmas cenas de todos os anos, com o sofrimento de muitas pessoas que querem curtir seus dias de folga e, infelizmente, com centenas de mortes nas estradas brasileiras.

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Um paulistano que deseje passar seu carnaval no Guarujá passa por grande calvário. A começar pelos congestionamentos no trânsito, levando algumas horas pra fazer uma viagem que normalmente faria em uma hora (isso sem falar no valor do pedágio no sistema Anchieta-Imigrantes). Chegando lá encontra a cidade lotada, com congestionamentos para qualquer atividade. O cidadão fica horas numa fila de padaria pra comprar seu pão francês, o mesmo acontecendo em supermercados e comércio em geral. O sistema de esgoto muitas vezes não suporta a demanda de público e é comum se deparar com caixas de esgoto transbordadas pelas ruas. A grande demanda também propicia eventual falta d’água, sendo necessário recorrer a carros-pipa. Ou seja, pode-se dizer que se faz tudo nessa viagem, menos descansar e relaxar (e ainda tem os congestionamentos da volta do feriado). O exemplo do paulistano indo pro Guarujá se aplica a grande parte do país, com seus pólos turísticos.

Lembro de um comerciante conhecido que há anos adota o sistema da contramão. Quando todos estão ouriçados com os feriadões, ele trabalha quase sem parar, sempre com sua loja aberta, vendendo itens temáticos (fantasias no carnaval, enfeites no natal e reveillon, chapéus de palha e afins em Junho etc.) até altas horas. Sempre que alguém precisa de uma compra de última hora, está lá ele com sua loja funcionando. Pois bem, com a grana arrecadada do feriado, ele pode se dar o luxo de fechar sua loja por uns dias depois, e aí sim descansar e relaxar. Pode viajar à vontade, pega estradas vazias, disponibilidade e melhores preços em hotéis e pousadas, praias tranquilas. Esse é o típico exemplo que confirma que por muitas vezes a contramão é o melhor caminho.

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Fuja do efeito Bandwagon, ou famoso efeito manada, o “vou por que está todo mundo indo”. Porém, se por convicção própria você considere que vale a pena pagar o preço, vá em frente, boa viagem e atenção na estrada!

Marcos Lucena é Engenheiro Civil de formação, mas topa discutir e aprender sobre diversos temas da vida cotidiana, como futebol, música, política, utilidade pública, religião, engenharia, direito, astrologia, astronomia.

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