OAB critica celebração do golpe de 64 e alerta para ‘estrada tenebrosa’
O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, criticou a proposta do presidente Jair Bolsonaro de estabelecer a comemoração do golpe de 31 de março de 1964; "Comemorar a instalação de uma ditadura que fechou instituições democráticas e censurou a imprensa é querer dirigir olhando para o retrovisor, mirando uma estrada tenebrosa", disse ele
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247 - O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, criticou nesta quarta-feira (27), a proposta do presidente Jair Bolsonaro de estabelecer a comemoração do golpe de 31 de março de 1964.
"Em um cenário de crise econômica, com quase 13 milhões de desempregados, é preciso olhar para a frente e tratar do que importa: o futuro do povo brasileiro. Comemorar a instalação de uma ditadura que fechou instituições democráticas e censurou a imprensa é querer dirigir olhando para o retrovisor, mirando uma estrada tenebrosa", disse ele em texto publicado no site da instituição.
"Não podemos dividir ainda mais uma nação já fraturada: a quem pode interessar celebrar um regime que mutilou pessoas, desapareceu com seus inimigos, separou famílias, torturou tantos brasileiros e brasileiras, inclusive mulheres grávidas? Não podemos permitir que os ódios do passado envenenem o presente, destruindo o futuro", complementou.
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