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Brasil

Odebrecht desmente Folha e diz que novas delações “têm alta relevância”

Em carta à Folha de S. Paulo, o grupo Odebrecht acusou o jornal de manipular informações e distorcer a verdade em reportagem que diz que os demais delatores guardam "mágoa" do então presidente da Odebrecht por ser responsabilidade dele a inclusão dos executivos na lista de investigados da Operação Lava Jato; empresa destaca que a reportagem é frágil e as próprias informação colhidas dentro da empresa mostram a manipulação de informação; "Não é verídico que haja conflitos entre integrantes ou ex-integrantes relativos a este tema, como fazem supor as fontes da matéria", afirmou a empresa

Marcelo Odebrecht  (Foto: Aquiles Lins)
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Do Jornal GGN - Desde o início da semana, entre a estratégia dos meios de comunicação de trazer visibilidade a ações contra Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba e herdeiro da empreiteira, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Folha de S. Paulo dedicou espaço para mirar contra Marcelo, em meio ao avanço das delações dos 77 executivos e ex-funcionários da companhia.

Em reportagem publicada nesta segunda-feira (13), por exemplo, o jornal veiculou que os demais delatores guardam "mágoa" do então presidente da Odebrecht por ser responsabilidade dele a inclusão dos executivos na lista de investigados da Operação Lava Jato.

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O diário atribuiu, ainda, a Marcelo que ele seria o grande comandante do suposto esquema de corrupção, envolvendo a estatal brasileira Petrobras e a empresa. "Em conversas reservadas, executivos e ex-executivos alegam que somente cumpriam ordens dele sobre decisões envolvendo pagamentos de vantagens a políticos", disse o jornal, de forma vaga.

Em resposta, o grupo Odebrecht enviou uma carta à Folha de S. Paulo, desmentindo as afirmações e publicação, que não traz uma sequer fonte aberta: a Odebrecht assinou os acordos de delação e leniência com a Lava Jato de forma "espontânea e voluntária", disse.

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A empresa destaca, ainda, que a reportagem é frágil e as próprias informação colhidas dentro da empresa mostram a manipulação de informação. "Não é verídico que haja conflitos entre integrantes ou ex-integrantes [do grupo] relativos a este tema, como fazem supor as fontes da matéria", publicou.

Disse que, devido ao sigilo dos acordos com a Procuradoria-Geral da República e o trânsito da leniência, não pode se manifestar sobre "temas específicos como os mencionados na reportagem", mas que esses assuntos serão esclarecidos de forma maior no futuro.

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"O procedimento de homologação das colaborações das pessoas físicas já está concluído e nele foi confirmado pelo STF que todos os relatos foram feitos de forma espontânea e voluntária. Sendo assim, e baseado em informações colhidas pela empresa internamente, não é verídico que haja conflitos entre integrantes ou ex-integrantes relativos a este tema, como fazem supor as fontes da matéria", afirmou a Odebrecht.

A empreiteira lembra ainda que "todos na empresa estão imbuídos deste espírito, com o objetivo de ajudar a reformar as relações entre as empresas e o Poder Público".

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Por fim, a nota faz um alerta à Folha de S. Paulo, na contramão de sua tentativa de menosprezar Marcelo Odebrecht e, respectivamente, o teor dos acordos e das delações, que irão trazer muitas revelações:

"Importante também ressaltar, conforme tem afirmado o MPF em suas manifestações, que as colaborações das pessoas físicas e o acordo de leniência têm alta relevância pública, devido ao valor dos fatos e dados apresentados pela Odebrecht, que contribuem para a continuidade e aprofundamento das investigações em curso", concluiu a empresa.

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Leia, abaixo, a carta enviada:

O acordo de leniência firmado pela Odebrecht junto ao Ministério Público Federal (MPF) teve como ponto de partida os fatos apresentados espontaneamente nas colaborações das pessoas físicas (executivos e ex-executivos). Mas o objetivo da leniência é coletivo, não individual. Todos na empresa estão imbuídos deste espírito, com o objetivo de ajudar a reformar as relações entre as empresas e o Poder Público. Com esta mudança de atitude e baseado no Compromisso Público de Ética, Transparência e Integridade, a empresa está buscando recuperar a confiança da Sociedade. Além disso, a Odebrecht já vem há tempos implantando as melhores práticas de governança e conformidade –que inclusive estarão sob escrutínio de monitor independente, por um período de três anos.

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O procedimento de homologação das colaborações das pessoas físicas já está concluído e nele foi confirmado pelo STF que todos os relatos foram feitos de forma espontânea e voluntária. Sendo assim, e baseado em informações colhidas pela empresa internamente, não é verídico que haja conflitos entre integrantes ou ex-integrantes relativos a este tema, como fazem supor as fontes da matéria.

Em virtude do sigilo previsto no acordo com o MPF, a Odebrecht tem limitações para se pronunciar publicamente sobre o teor das colaborações das pessoas físicas e da leniência firmada pela empresa. Esta restrição impede que a empresa se pronuncie inclusive sobre temas específicos como os mencionados na reportagem em referência. A Odebrecht, porém, acredita no esclarecimento maior dos fatos no futuro.

Importante também ressaltar, conforme tem afirmado o MPF em suas manifestações, que as colaborações das pessoas físicas e o acordo de leniência têm alta relevância pública, devido ao valor dos fatos e dados apresentados pela Odebrecht, que contribuem para a continuidade e aprofundamento das investigações em curso.

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