Operação Mute: mais de 1,1 mil celulares são retirados de presídios em ação nacional

247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou nesta terça-feira (31) o resultado da Operação Mute, realizada pela Secretaria Nacional de Política Penais (Senappen), que resultou na apreensão de 1.166 aparelhos celulares usados por organizações criminosas para comunicação ilícita no interior de presídios em todo o país.

A operação, que teve início em 16 de outubro e encerrou-se em 27 de outubro, envolveu a participação de mais de três mil policiais penais, entre federais e estaduais, em 26 estados brasileiros. Durante a ação, foram revistadas 2.684 celas em 68 penitenciárias. Além dos celulares, foram confiscados um revólver, armas brancas e substâncias análogas a entorpecentes.

O objetivo da Operação Mute foi interromper a comunicação ilícita no interior dos presídios, essencial para enfraquecer as redes de atuação do crime organizado. "Lembramos o grande potencial que cada celular apreendido significa no enfraquecimento das redes de atuação do crime organizado, uma vez que essa comunicação externa é vital à manutenção da cadeia de comando das facções. Então, quando nós apreendemos, num período curto, 1.166 celulares, isso significa que também é uma diretriz perene, permanente”, enfatizou o ministro Flávio Dino.

A operação inédita representou a maior ação já realizada pela Senappen no combate ao crime organizado no sistema prisional. Durante as ações, o passo inicial foi interromper a comunicação por meio de tecnologia que bloqueia o sinal. Em seguida, ocorreram buscas aos aparelhos por meio de revistas em pavilhões e celas. Os aparelhos celulares são as principais ferramentas utilizadas pelo crime organizado para a perpetuação de delitos e o consequente avanço da violência nas ruas.