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PAC embargado

MP pede suspenso da obra de Jirau at que a empreiteira Camargo Corra, da Operao Castelo de Areia, d condies dignas de trabalho aos empregados. Projeto de Eike Batista tambm para

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AE (com informações da Agência Estado) - O Ministério Público do Trabalho de Rondônia entrou nesta quarta-feira com pedido de embargo das obras da Usina Hidrelétrica de Jirau até que sejam restabelecidas as condições de trabalho no canteiro. Ou seja, a reconstrução da chamada área de vivência, que engloba alojamentos, áreas de lazer e outros serviços. A petição foi feita pela Procuradoria Regional do Trabalho da 14.ª Região na 3.ª Vara da Justiça de Trabalho de Rondônia.

A petição foi anexada à ação principal interposta pelo Ministério Público do Trabalho anteriormente, que visa garantir os direitos dos trabalhadores durante o período de paralisação das obras, executadas pela empreiteira Camargo Corrêa, a mesma da Operação Castelo de Areia.

Porto do Açu

Operários do canteiro de obras do Porto do Açu, um dos principais projetos do empresário Eike Batista, cruzaram os braços e bloquearam hoje os acessos ao empreendimento, no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro. Segundo o sindicato dos trabalhadores da construção civil da região, a maior parte dos 1.200 funcionários do consórcio construtor do Açu aderiu à greve.

O movimento foi desencadeado no final da tarde de ontem. Com pneus e galhos de árvores, um grupo de 300 funcionários bloqueou a estrada vicinal que dá acesso ao canteiro de obras, numa região isolada de um distrito de São João da Barra. Não houve incidentes violentos. O bloqueio era mantido até o final da tarde de hoje, deixando carretas com suprimentos para a obra retidas, à espera da negociação entre sindicalistas e representantes do consórcio na delegacia regional da cidade vizinha de Campos dos Goytacazes.

Segundo José Eulálio, presidente do sindicato, a categoria reivindica a equiparação dos salários dos operários ao piso de R$ 1.018, que teria sido estabelecido em convenção desde fevereiro do ano passado, e reajuste de 15% sobre este valor. Segundo o sindicalista, a empresa paga atualmente R$ 935. Os operários também querem o pagamento das horas de transporte até o canteiro de obras, adicional de 30% a título de periculosidade e plano de saúde familiar.

"A empresa vinha resistindo e decidimos parar. Se a empresa aceitar oferecer de imediato pelo menos um dos três itens principais da pauta, voltamos ao trabalho para continuar a negociação", afirmou Eulálio, em entrevista ao Grupo Estado, por telefone.

Ao todo, duas mil pessoas trabalham nas obras do Porto do Açu, que recebe quase R$ 4,3 bilhões em investimentos da LLX, empresa do grupo EBX, e da mineradora Anglo American. A greve envolve apenas os funcionários da construtora ARG, que integra o consórcio de construção civil com a Civil Port Engenharia. Eulálio admitiu que as revoltas recentes de operários da construção civil que paralisaram grandes obras, como as das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, inspiraram o movimento dos trabalhadores no Açu.

"Não gostaríamos que algo extremo acontecesse, mas se os outros companheiros estão lutando por seus direitos, porque ficaríamos de braços cruzados? As condições de trabalho aqui também são horríveis. Há muitos acidentes, que são subnotificados", reclamou o sindicalista.

Além de um terminal portuário para minério de ferro e capacidade para movimentar outras mercadorias, o Açu terá anexo um complexo industrial com estaleiro, duas siderúrgicas e uma usina termelétrica. O início da operação está previsto para 2012 e a LLX informou hoje que a greve não altera o cronograma.

Nenhum representante da LLX quis dar entrevista, mas, em nota, a companhia afirmou que a ARG concordou com as reivindicações dos trabalhadores. "A LLX cumpre rigorosamente todas as normas e determinações da legislação trabalhista, além de exigir em contrato o mesmo padrão de seus parceiros." Procurada, a ARG não retornou os contatos.

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